A imagem é singular, assim como o problema por trás dela. Em meio à pandemia do coronavírus, a prefeitura municipal de Tuchín, em Córdoba, na Colômbia, aumentou a punição aos moradores que desrepeitam às regras de isolamento social decretadas para evitar o avanço do novo coronavírus na região.
Agora, aqueles que são flagrados vagando pelas ruas sem motivo, infringindo a quarentena obrigatória, podem receber o castigo de serem presos pelos pés (por pelo menos meia hora) em uma estrutura de madeira conhecida como cepo em uma das praças públicas da cidade.
“Aumentamos a base de força no município, juntamente com a guarda indígena, o exército e a polícia, pessoas que não estão cumprindo as medidas obrigatórias de isolamento estão sendo punidas. Lembramos a todos que temos a conta e placa para a circulação de veículos. É hora de tomar consciência, o Covid-19 não é um jogo, cuidamos da nossa saúde para o bem-estar de todos”, explicou, em seu Facebook, o prefeito Alexis Salgado.
Ainda de acordo com Salgado, apesar de não utilizada há alguns anos, a medida é prevista em lei e já fazia parte da tradição do povo indígena Zenú, da qual a população de Tuchín é descendente. Ele explica que a aplicação desse tipo de sanção permite que os moradores mantenham sua identidade.
“Para preservar a estrutura institucional e respeitar os usos e costumes do povo Zenú, essa articulação está sendo realizada. Queremos ser um exemplo de respeito e demonstrar que, apesar da diversidade existente em nosso território, as instituições estão se unindo para proteger a saúde de todos”, disse ao jornal local “El Tiempo”.