Corrente da esperança: pesquisadores confeccionam e doam máscaras 3D para profissionais de saúde na Bahia

SAÚDE

“A união faz a força”…

O lema é levado à risca por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Oeste da Bahia, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e Universidade do Estado da Bahia, além de “makers” (termo em inglês utilizado para definir profissionais que criam ou produzem produtos por conta própria), que juntos estão no combate ao coronavírus na Bahia.

Unidos, os cerca de 50 integrantes estão à frente do projeto “Face shield for life 3D”, que nada mais é do que a confecção de máscaras de impressão 3D, que ajudam os profissionais de saúde a se prevenir do risco de contágio pelo novo coronavírus. O trabalho é feito de forma voluntária, e os materiais são repassados sem custo.

Nesta quarta-feira (25/3), serão doadas as primeiras 200 máscaras produzidas pelo grupo ao Hospital Couto Maia, uma das unidades médicas que está recebendo pacientes infectados pelo coronavírus, em Salvador.  A reportagem do Aratu On conversou com um dos gestores do projeto, Atson Fernandes.

Segundo ele, a iniciativa  surgiu como forma de ajudar os profissionais da saúde. “É uma batalha diária que eles vivem. Quisemos ajudar nessa luta também e trazer a melhor forma de trabalho para esses guerreiros”, ressalta. A máscara 3D – Proteção Individual (EPI) para a face –   protege a região dos olhos, que ficam expostas quando o profissional usa apenas a máscara comum.

Além da produção, o grupo organizou a logística para reunir todo o material em apenas um local, que inicialmente será a Faculdade Bahiana de Medicina, para depois embalar e entregar na unidade de saúde. De acordo com Atson, após a criação da ideia- no último domingo-, quase que instantaneamente, houve um “abraço da causa”.

“ Rapidamente, o pessoal se incorporou ao grupo, se voluntariou e hoje já somos 50 pessoas. Entregaremos 200 máscaras nesta quarta e o objetivo é que, nas próximas quatro semanas, esse número aumente para de 4 a 5 mil”. Para ajudar no custeio da produção e na compra do polímero, Atson conta que o grupo organizou uma “vaquinha” na internet no site: https://www.faceshieldforlife3d.com/.  Para se ter uma ideia, o polímero  – que é a matéria-prima utilizada na impressora 3D – custa cerca de R$ 100/KG e é suficiente para produzir entre 30 e 32 máscaras.

Há, também, o apoio da a Secretaria Estadual de Saúde da Bahia. “Eles ajudaram na compra de alguns materiais, entre eles, o acetato e, também, na logística. Nos disponibilizaram um veículo e motorista para transportar as máscaras. Além do mais, eles são os responsáveis pela distribuição das máscaras. Juntos, esperamos vencer mais essa batalha”, conclui Atson Fernandes.

adm

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