O uso do álcool gel para higienizar as mãos não interfere na aferição do nível de álcool no sangue a ponto de resultar em multa para o condutor. Agentes que atuam na blitz da Lei Seca da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) fizeram testes para comprovar que que o uso da substância nas mãos não compromete o resultado obtido pelo etilômetro (bafômetro), que detecta apenas o ar dos pulmões.
Vídeos circulam nas redes sociais que mostram que pode ocorrer alguma interferência. Num primeiro momento, em ambientes fechados e se o teste correr imediatamente após a inalação do odor do álcool, pode ocorrer um falso positivo. Porém, minutos após, quando refeito o teste, caso o condutor não tenha ingerido bebida alcoólica, o resultado dará negativo.
“Nossas blitze da Lei Seca acontecem em locais abertos. O condutor é convidado a passar pelo teste fora do veículo. Caso se sinta prejudicado pelo resultado, nós garantimos que ele poderá refazer o teste minutos após”, explica Fabrizzio Müller, superintendente da Transalvador
Enxaguante bucal – Resultados falso positivos podem ocorrer também em quem fez o bocejo com enxaguantes bucais à base de álcool. Esse resultado, geralmente, ocorre em quem fez o bocejo pouco antes de passar pelo teste no etilômetro. Em situações como essas, o condutor pode refazer o teste minutos após a primeira abordagem.
“Essas substâncias também não interferem no resultado porque se dissipam rapidamente, não permanecendo por um logo período de tempo no sangue”, assegura Müller.
Etilômetros – A Transalvador utiliza dois etilômetros, o Lifeloc, que faz a medição de álcool no ambiente, e o Alco-Sensor IV, que mede o nível de álcool existente nos alvéolos pulmonares. Ambos possuem certificado de verificação dado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), com validade de um ano.