O Cineclube GeraSol está de volta! Criado em 2019 pela cineasta Sol Moraes e produzido pela Araçá Filmes e pela Água Doce Produções, o projeto ressurge em 2025 renovado e com fôlego criativo, reafirmando seu compromisso com a arte, o afeto e a reflexão coletiva. O Cineclube GeraSol é uma contrapartida do projeto Os Filmes que Eu Não Vi e mais do que um espaço de exibição cinematográfica, será um ponto de encontro cultural, onde filmes, histórias e vivências se entrelaçam em experiências sensíveis e transformadoras.
Os encontros acontecerão mensalmente até agosto de 2025, sempre de forma gratuita e o objetivo é resgatar e valorizar obras do cinema nacional, ao mesmo tempo em que promove novos momentos de troca com o público. E para celebrar esse recomeço, o Cineclube preparou uma programação especial e gratuita para todas as idades, no sábado, 12 de abril, na Sala de Cinema Walter da Silveira, em Salvador.
Manhã lúdica para os pequenos – a partir das 10h – Uma encantadora seleção de três curtas-metragens infantis abre o dia, acompanhada de uma sessão especial de contação de histórias com Danielle Andrade, contadora e pesquisadora da tradição oral. A proposta é envolver as crianças em narrativas que inspiram, emocionam e ampliam o imaginário, em um ambiente acolhedor e repleto de afeto.
Tarde de cinema para todos – a partir das 15h – A programação segue à tarde com uma sessão de filmes brasileiros que provocam, inspiram e emocionam, convidando o público a viver o cinema além da tela. Após as exibições, haverá espaço para bate-papos e trocas entre público, realizadores e convidados, fortalecendo o sentimento de comunidade e celebração coletiva do audiovisual nacional.
Contemplado nos editais Paulo Gustavo Bahia, através da Secretaria de Cultura, via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal, o Cineclube GeraSol retorna mais vivo do que nunca, mantendo sua essência de unir pessoas em torno do cinema como linguagem de transformação, memória e afeto. Confira a programação:
CINECLUBE GERASOL
SALA DE CINEMA WALTER DA SILVEIRA
12 de Abril – Programação Gratuita
SESSÃO I – INFANTIL
10h – Abertura com contação de histórias com Danielle Andrade
11h – Exibição dos curtas:
Caçadores de Saci
Classificação: Livre | 13 min | Ficção
Direção: Sofia Federico (BA)
A família de Onofre enfrenta acontecimentos estranhos causados por um saci arteiro. A chácara da pacata família de Onofre vem sendo assombrada por um saci: a pipoca não arrebenta, o ovo não choca, o leite sempre azeda, o feijão vive queimando na panela, entre outros estranhos acontecimentos…
Berimbau e Dendê
Classificação: Livre | 10 min | Ficção
Direção: Anderson Lima (MG)
Uma história sensível sobre preconceito religioso e o poder da cultura afro-brasileira. Duas crianças se mudam para uma nova casa em um bairro onde circulam boatos de que sua família pratica “magia negra”. A desconfiança cresce até que, em uma brincadeira de esconde-esconde, um dos meninos descobre a verdade: na garagem, um mestre de capoeira ensina crianças. O filme aborda o preconceito religioso e a ignorância sobre a cultura afro-brasileira.
Pequeno Dicionário de Erê
Classificação: Livre | 10 min | Documentário
Direção: Anderson Lima (MG)
O pequeno Luan compartilha palavras e significados do universo do Candomblé em um olhar poético e educativo. Pequeno dicionário de Erê é um documentário dirigido por Anderson Lima e estrelado por Luan Manzo, menino de 9 anos, que é bisneto da matriarca Mametu Muiande do Kilombu Manzo N’gunzo Kaiango, um dos mais reconhecidos pela cidade de Belo Horizonte (MG). No curta, Luan faz uma análise semântica de palavras que rondam o mundo externo e o terreiro de Candomblé que frequenta.
SESSÃO II – MOSTRA ADULTA
15h – Exibição dos curtas:
Pelas ondas lambem-se as margens
Classificação: 14+ | 8 min | Documentário
Direção: Hyndra (BA)
Uma leitura estética e simbólica do feminino a partir de cartazes de filmes brasileiros. Cartazes de filmes são criações voltadas para a divulgação de peças audiovisuais. Quando apreciadas em conjunto, podem ser compreendidas a partir de outros elementos. Este filme se propõe a explorar narrativas sobre o feminino, contada por cartazes, ao longo do cinema brasileiro moderno e contemporâneo.
Pedra Preta
Classificação: [A confirmar] | 21 min | Ensaio Cinematográfico
Direção: Fabrício Ramos e Camele Queiroz (BA)
Um ensaio cinematográfico que une memória, cinema brasileiro e afetos do sertão ao mar. Uma viagem ao interior para decifrar a misteriosa relação de Itabuna, cidade natal do diretor, com os dois momentos mais marcantes do cinema brasileiro moderno: o Cinema Novo e a Retomada. Mas o filme é também sobre uma antiga amizade, sobre perdas e tragédias, o sertão e o mar, memórias e um velho cinema de rua.
O Homem que Virou Castanha
Classificação: Livre | 15 min | Ficção
Direção: Natan Fox (BA)
Zebedeu acredita no sonho do sucesso, mas encontra a dura realidade do desemprego em Salvador. Após se tornar um evangélico neopentecostal, o vendedor de castanhas Zebedeu sai todos os dias pelas ruas de Salvador com uma crença: Ser um empreendedor de sucesso! Porém, logo descobre que é só mais um homem na capital nacional do desemprego.
Saiba mais sobre o Projeto Os Filmes que Eu não Vi
Idealizado por Sol Moraes e com produção da Água Doce Produções, o projeto “Os Filmes Que Eu Não Vi” nasceu com a missão de dar visibilidade a filmes brasileiros independentes que, apesar de sua relevância artística e cultural, enfrentam grandes desafios de distribuição e permanecem à margem do grande público. A proposta é ampliar o acesso a essas obras, criando conexões entre criadores e espectadores e promovendo um novo olhar sobre o cinema nacional. O projeto representa um movimento de valorização e democratização do audiovisual brasileiro, com ações concretas voltadas para o fortalecimento da rede de exibição.
Em janeiro de 2025, o projeto realizou a primeira edição do Festival Os Filmes Que Eu Não Vi, um evento que movimentou a cena cultural de Salvador ao longo de cinco dias de programação intensa, com exibições e premiações de produções oriundas de todas as regiões do Brasil. O festival ofereceu um panorama rico e diverso do cinema nacional contemporâneo, incluindo mesas de debate sobre temas cruciais como produção, distribuição e exibição cinematográfica no país.
Revitalização das Salas
Financiado pela Lei Paulo Gustavo por meio de edital da SECULT/FUNCEB/DIMAS, o projeto investiu na revitalização de duas importantes salas de cinema da capital baiana: a Sala Walter da Silveira e a Sala Alexandre Robatto. As melhorias incluíram a aquisição de novos equipamentos de som e projeção, além da instalação de piso tátil, garantindo acessibilidade e modernização para um atendimento mais inclusivo e de qualidade.
A Sala Walter da Silveira é hoje a única na Bahia que conta com o sistema de som Surround 7.1, um sistema de áudio multicanal que utiliza caixas de som posicionadas ao redor do ouvinte para reproduzir sons de diferentes direções e distâncias. Isso cria uma experiência imersiva, de muita qualidade. A reabertura da Sala Walter da Silveira marca o início de um novo ciclo, transformando o espaço em um polo cultural ativo, que sediará exibições, cursos, seminários e palestras.
Como parte da estratégia de integração entre espaços físicos e o ambiente digital, o projeto também consolidou uma parceria com a plataforma CINEBRASILJÁ, uma verdadeira cinemateca virtual que permite acesso contínuo a filmes brasileiros fora do circuito comercial, fortalecendo a disseminação da produção nacional.
“Os Filmes Que Eu Não Vi” é, portanto, mais do que um projeto de exibição: é um convite à descoberta, uma janela aberta para o Brasil que se expressa nas telas, mas que ainda precisa ser visto.
Serviço:
O quê: Retorno do Cineclube GeraSol – Programação Especial
Quando: Sábado, 12 de abril de 2025
Onde: Sala de Cinema Walter da Silveira – Salvador/BA
Horários: 10h (infantil) e 15h (sessão geral)
Entrada: Gratuita
Acompanhe e participe:
Site: osfilmesqueeunaovi.org
Instagram: @osfilmesqueeunaovi
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E-mail: osfilmesqueeunaovi@gmail.com
