“Os Dias Lindos de Celina Bonsucesso” sobe ao palco do Martim Gonçalves e homenageia Yumara Rodrigues

ENTRETENIMENTO

Na foto, Chica Carelli / Crédito:📸 Edivalma Santana

De 29 de agosto a 01 de setembro, no Teatro Martim Gonçalves, entra em cartaz o espetáculo inédito “Os Dias Lindos de Celina Bonsucesso”, com texto do dramaturgo e professor da Escola de Teatro da UFBA Paulo Henrique Alcântara e direção de Hyago Matos. O espetáculo é uma homenagem à atriz Yumara Rodrigues, que  celebra 60 anos de carreira e 90 anos de vida, completados dois dias antes da data da estreia, no dia 27 de agosto.

No elenco, oito atrizes. Três delas se revezando no papel de Celina em três momentos diferentes da sua vida: Chica Carelli interpretará Celina velha, Viviane Laert a Celina madura e Júlia Anastácia a Celina jovem. As outras seis personagens  serão interpretadas por Bárbara Borgga (Sônia madura e Betina), Veridiana Andrade (Sônia jovem), Márcia Andrade ( Vivian), Clarissa Gonçalves (Júlia) e Kátia Leal (Tia Pureza).

Todas estas mulheres entram em cena para contar a história da vida simples de uma mulher vista entre o ontem e o hoje, Celina Bonsucesso, uma senhora apaixonada pela vida, cinéfila e leitora contumaz, que, devido às circunstâncias relacionadas ao envelhecimento, vai morar em um asilo. Lá, ela relembra momentos de sua juventude e maturidade. Neste período, tenta por tudo lembrar o que aconteceu com sua irmã Sônia e porque elas deixaram de se falar.

O texto – “A peça surge de um impulso. Eu reencontrei, em 2019, Yumara Rodrigues. Ela aguardava um táxi, após sair de um supermercado. Eu a vi, casualmente, e, impulsivamente, disse que gostaria de escrever uma peça para ela protagonizar. Ela reagiu de maneira entusiasmada”, conta Paulo Henrique Alcântara. O autor diz que tinha em mente que precisava criar uma protagonista de peso, à altura de Yumara, uma protagonista que dominasse a cena do início ao fim e fosse a condutora central de uma história. “Yumara foi protagonista em peças escritas pelos maiores autores mundiais. Logo, sua personagem deveria ter um destaque absoluto. Ao mesmo tempo, pensei em criar uma personagem que, apesar de sua importância no drama, tivesse uma vida comum, diria mesmo prosaica. A diferença recaiu sobre o formato com que orquestrei as cenas em volta desta personagem, dividida entre o presente e o passado”, explica.

Celina – A atriz Chica Carelli diz que interpretar a Celina velha tem vários aspectos muito bons. “Tem a questão de estar dividindo uma personagem com outras atrizes em idades diferente e essa personagem conversar ela com ela mesma e ela com as suas memórias. É uma parte que eu gosto muito do texto, essa não linearidade e não realismo”, enfatiza. A atriz diz que construiu sua personagem se inspirando muito em algumas mães e em particular em sua mãe, “que mesmo doente tinha sempre alegria de estar nas coisas, de ver as coisas. Ela guardou essa alegria de viver até o último dia e eu acho isso genial, e eu construí muito Celina a partir dai”, revela.

Chica Carelli diz que tem refletido muito também sobre a forma como o texto aborda o envelhecimento, a doença e a morte, que são parte da vida de qualquer um. Mas que tudo isso acontece a partir de uma perspectiva positiva. “Vai ser um espetáculo bonito. Tem humor, é positivo. Ele toca cada um que teve uma mãe, uma tia e as viu envelhecer. Vai ser emocionante, uma emoção boa, sem perder nunca o humor e o amor”, conclui.

A direção – O diretor Hyago Matos diz que é uma baita responsabilidade e uma  honra imensa dirigir “Os Dias Lindos de Celina Bonsucesso”. Para ele Yumara Rodrigues é o próprio Teatro e dirigir uma peça em sua homenagem é, de certa forma, celebrar não apenas sua carreira, mas também o legado e o impacto que ela deixa para toda uma geração de artistas e espectadores. “Os Dias Lindos de Celina Bonsucesso” não é uma peça biográfica sobre Yumara Rodrigues. É uma ficção escrita por Paulo Henrique Alcântara especialmente para ela” enfatiza o diretor que diz que conduzir este projeto tem sido uma experiência deliciosa. “Eu vim de um outro trabalho (Maldita Seja) que são apenas duas atrizes em cena e agora me deparo com oito mulheres de diferentes gerações. Incialmente, um susto pensar em como orquestrar o todo. Esse é o meu primeiro trabalho dirigindo um elenco grande e o que eu posso dizer sobre trabalhar com a constelação escalada para essa peça? Um presente pra qualquer diretor. Atrizes experientes, conscientes do seu ofício, que entregam com facilidade as demandas solicitadas pela direção dentro da cena, cada uma trazendo suas perspectivas sobre as personagens e criando junto com a direção”, conclui.

As “divisões de tempo” representadas na história, com as personagens em diferentes momentos de suas vidas, exigiram da direção uma abordagem cuidadosa para garantir coesão e continuidade. Segundo Hyago Matos foi essencial trabalhar em estreita colaboração com a equipe técnica para garantir que as transições entre as diferentes fases fossem fluídas e significativas. O figurino, maquiagem e cabelo, por exemplo, foram importantíssimos para demarcar essas transições temporais mantendo uma consistência visual ao longo da narrativa, a fim de ajudar o público a se situar nas diferentes épocas.

“Os Dias Lindos de Celina Bonsucesso” terá seis apresentações que acontecerão de 29 de agosto a 01 de setembro, com sessão dupla no final de semana. Quinta e sexta-feira às 20h, sábado e domingo às 16h e às 19h. O espetáculo terá audiodescrição e tradução em libras em todas as apresentações e possui quatro proffionais PCDs na área de comunicação e produção.

“Os dias Lindos de Celina Bonsucesso” foi contemplado pelo edital Gregórios – Ano III, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal.

OS DIAS LINDOS DE CELINA BONSUCESSO

Uma homenagem de Paulo Henrique Alcântara à atriz Yumara Rodrigues

Ingressos no https://www.sympla.com.br/evento/os-dias-lindos-de-celina-bonsucesso/2584512

 ELENCO

Celina Bonsucesso – CHICA CARELLI

Celina Madura – VIVIANE LAERT

Celina Jovem – JÚLIA ANASTÁCIA

Sônia Madura – BÁRBARA BORGGA

Sônia Jovem – VERIDIANA ANDRADE

Vivian (filha de Celina) – MÁRCIA ANDRADE

Tia Pureza – KÁTIA LEAL

Júlia – CLARISSA GONÇALVES

 FICHA TÉCNICA

Direção – HYAGO MATOS

Texto – PAULO HENRIQUE ALCÂNTARA

Direção de produção – SELMA SANTOS

Direção de movimento – BÁRBARA BARBARÁ

Iluminação – IRMA VIDAL

Cenário – ERICK SABOYA

Cenotecnia – GEORGE SANTANA, JOSÉ NILSON e CLÁUDIO CARIJÓ

Assistência de cenotecnia – LUCAS CRUZ

Costura cênica – LENE CRUZ

Produção de cenografia – JESSICA MARQUES

Figurino – GUILHERME HUNDER

Costureiras – DORA MOREIRA e LETÍCIA SANTOS

Designer gráfico – MARIANA VIVEIROS

Trilha sonora – RAMON GONÇALVES

Fotografia – EDIVALMA SANTANA

Registros em vídeo e pesquisa de imagens – APOENA SERRAT

Cabelos – DEO CARVALHO

Produção de beleza – JÚLIA LAERT e LUCAS DOURADO

Assessoria de imprensa – DORIS PINHEIRO

Redes sociais/edição de textos – XANDE FATEICHA, MARI FUSO e AMANDA SOARES

Mediadora Cultural – FLORA VIRGENS

Assistentes de Produção – CLARISSA GONÇALVES e FLORA VIRGENS

Operação da luz – TAINÁ DE SOUZA

Operação do som e projeção – LIDIANE SOUZA

Intérpretes de libras – IRZYANE CAZUMBÁ e EQUIPE

Roteiro e locução da audiodescrição – JUNIRO FORMIGA e SANDRA ROSA

Consultora e locução da audiodescrição – IRA VILARONGA

adm

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *