Uma análise recente da Folha de São Paulo, baseada em dados da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do SUS entre 2013 e 2023, mostrou um aumento alarmante na ansiedade entre os mais jovens. Mas o que está por trás desse fenômeno preocupante?
1. Crises Econômicas
Crises econômicas frequentes criam um ambiente de incerteza e instabilidade, afetando a segurança das famílias. Os adolescentes sentem essas preocupações, o que aumenta seu estresse. Como ajudar? Escolas e comunidades devem oferecer apoio financeiro e programas de educação para as famílias, além de serviços de aconselhamento para aliviar o estresse e promover a resiliência.
2. Crise Climática
A crescente conscientização sobre as mudanças climáticas e suas consequências futuras causa ansiedade nos jovens, que temem pelo futuro do planeta. Como ajudar? Pais e educadores devem fornecer informações equilibradas sobre o que está sendo feito para combater as mudanças climáticas e envolver os jovens em iniciativas ambientais.
3. Autodiagnóstico Simplista
O acesso fácil à informação online pode levar os jovens a se autodiagnosticarem de forma incorreta, aumentando sua ansiedade. Como ajudar? Profissionais de saúde devem oferecer orientações precisas e garantir que os jovens recebam diagnósticos e tratamentos adequados.
4. Tecnologia e Redes Sociais
O uso excessivo de celulares e jogos pode causar isolamento social e dependência tecnológica, afetando negativamente a saúde mental. As redes sociais frequentemente promovem comparações e padrões irreais. Como ajudar? Estabeleça limites saudáveis para o uso da tecnologia e incentive atividades offline que promovam a interação social e o desenvolvimento de habilidades interpessoais.
Estatísticas Alarmantes
Os números mostram que a taxa de transtornos de ansiedade entre crianças de 10 a 14 anos é de 125,8 a cada 100 mil, e entre adolescentes de 15 a 19 anos é de 157 a cada 100 mil. A situação dos jovens se tornou mais crítica que a dos adultos desde 2022. Além disso, a sensação de pertencimento escolar caiu de 91,4% para 69,6% entre 2000 e 2022, e a solidão entre os alunos também aumentou.
O Papel dos Pais
Pais devem criar um ambiente seguro e de apoio em casa. Como ajudar? Estejam atentos aos sinais de ansiedade, promovam uma comunicação aberta e apoio emocional, e participem de atividades familiares. Um estilo de vida saudável, com boa alimentação, exercício e sono adequado, também é importante.
O Papel dos Educadores
Educadores têm um papel essencial na redução da ansiedade. Como ajudar? Implementem programas de saúde mental nas escolas, ensinem habilidades de regulação emocional e criem um ambiente seguro para discussões. Treinamentos para professores sobre como identificar e responder a sinais de ansiedade podem ajudar. Promover um senso de pertencimento e formar amizades também é crucial para combater a solidão.
O Papel dos Profissionais de Saúde
Profissionais de saúde devem estar preparados para lidar com a ansiedade crescente entre os jovens, oferecendo tratamentos eficazes. Como ajudar? Intervenções como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) podem ser úteis. A colaboração entre escolas, famílias e profissionais de saúde é essencial para garantir que os jovens recebam o suporte necessário. Graça Gomes: Pedagoga, Socióloga, Psicopedagoga Clínica, Terapeuta infantojuvenil, Educadora Parental, Orientadora Familiar e Mestranda em Psicanálise Clínica.
@graçagomeseducadora
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