Um menino de oito anos morreu após ser picado por um escorpião, na zona rural da cidade de Presidente Tancredo Neves, no interior da Bahia, na noite de segunda-feira (15). Segundo denúncia de uma leitora do Central de Notícias, o hospital onde a criança foi atendida não possuía soro para tratar a picada.
“O menino [estava] gritando de dor e faleceu com parada cardíaca porque não tinha o soro de animais peçonhentos. A família está indignada, inconsolável. E isso está acontecendo sempre”, afirma a auxiliar de desenvolvimento infantil, Valdecir Farias, de 49 anos.
O CN entrou em contato com o Hospital e Maternidade Luís Eduardo Magalhães, onde a criança foi atendida. Conforme a coordenação da unidade, todo o procedimento foi realizado após a chegada do menino, que começou a apresentar manchas no corpo cerca quatro horas depois da internação.
Conforme a coordenação, a vítima foi medicada e estava consciente. No entanto, após apresentar piora, foi recomendado que o menino fosse levado para o Hospital Regional, mas os familiares informaram que iriam levar a criança por conta própria e não fariam uso da ambulância que havia sido disponibilizada. O menino, então, teria morrido após deixar a Maternidade.
A informação de que não havia soro antiofídico é falsa, conforme a coordenação. Em conversa com o CN, foi informado que, na verdade, a unidade de saúde não dispõe de soro antiescorpiônico, que só é entregue para hospitais de maior porte.