Roda de conversa, oficina de desenho, contação de histórias, poesia e sarau são algumas das atividades da programação da primeira edição do Festival de Literatura do Salvador, que acontece neste domingo, 21 de abril, das 14h às 20h, na Estação Café (Praça Central – Piso L1 do Salvador Shopping). O evento terá acesso gratuito e será realizado poucos dias antes da Bienal do Livro Bahia 2024, cuja abertura se dará em 26 de abril, no Centro de Convenções Salvador. Por isso, consolidando a parceria entre ambos, o tema do Festival de Literatura do Salvador terá o mesmo tema da edição deste ano da Bienal: “As Histórias que a Bahia conta”.
O objetivo do Festival, que tem idealização e curadoria da jornalista Carmen Peixoto, é incentivar a leitura, com foco na literatura negra, e servir como um prólogo para a Bienal do Livro Bahia, considerada um dos maiores eventos literários do Brasil. Também por conta dessa parceria, o Salvador Shopping disponibilizou um ponto de vendas de ingressos da Bienal, no piso G1. A programação do Festival contará, inclusive, com algumas das atrações que estarão presentes na própria Bienal, como Deko Lipe, Lorena Ribeiro, Anderson Shon e Ricardo Ishmael. Após essa primeira edição, a ideia é que outras edições da ação continuem acontecendo nos próximos anos, o que manterá o estímulo do contato do público com os livros.
No domingo, a partir das 15h, será realizada uma roda de conversa com o escritor, ator e criador de conteúdo, Deko Lipe (@primeiraorelha) e o autor, poeta e educador, Anderson Shon (@andersonshon), com a mediação de Gabrielle Carvalho, jovem do Instituto João Carlos Paes Mendonça de Compromisso Social. Os jovens Kalypsa Brito (@kalypsabrito) e Bruno Costa (@br_desenho) vão realizar, respectivamente, contação de histórias do livro ‘Kaiode e a árvore das memórias’ (15h) e oficina de desenho (16h). O público vai apreciar, ainda, uma roda de conversa com o apresentador de TV e escritor Ricardo Ishmael (@ricardoishmael), o ator e o afrochefe Jorge Washinton (@jorgewashintonr) e a atriz e diretora teatral Cássia Valle (@cassiavallereal).
O mestre em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas, pedagogo e idealizador do termo literário Afrofantástica, Marcos Cajé, premiado pela ‘El Nevado Solidário de Oro’, uma premiação Argentina, criada por Rulo Ortubia (2021), vai contar um pouco da sua trajetória profissional, inclusive, citando as suas obras infantojuvenis. A programação acontece por volta das 17h, ele estará acompanhado do roteirista, escritor, autor e diretor artístico Elisio Lopes Jr (@elisiolopesjr), e de Lorena Ribeiro (@passosentrelinhas), historiadora, professora e colunista.
No mesmo horário, será realizada uma oficina imersiva de produção de bonecas Abayomi com a profissional Caroline Lima (@odeteabayomi). Mais tarde, às 18h, será realizado um recital de poesia com a jovem Carla Silva. Os visitantes conferem a apresentação cultural “Diálogos sobre Oratura: a tradição oral é honrada de geração em geração”, com Vó Cici e Mário Omar (@mariosankofa), que vão abordar a importância dos contos e explicar a narração contemporânea atualmente. A programação encerra com chave de ouro às 19h, com a apresentação do Sarau de Dandê Azevedo (@dande.azevedo), musicista, poeta e cantor lírico que possui na sua trajetória a ancestralidade, a resistência e a força através da música. Toda programação é gratuita e aberta ao público.
“Estamos muito contentes em realizar pela primeira vez esse evento, que tem o propósito de disseminar a importância da literatura, o desenvolvimento das artes e da cultura baiana através da participação de escritores locais e abrindo as portas para os novos talentos, além de ser uma grande prévia da Bienal do Livro Bahia. Queremos tornar o Festival fixo no nosso calendário”, acrescenta Marianna Muniz, gerente de Marketing do Salvador Shopping.
Por sua vez, Tatiana Zaccaro, diretora da GL events Exhibitions, empresa responsável pela organização da Bienal do Livro Bahia, reforça que a Bienal sempre busca ir além do espaço e do tempo delimitados para a ocorrência do evento, potencializando ainda mais o propósito da Bienal. “Sempre buscamos extrapolar os pavilhões e os dias nos quais a Bienal acontece, realizando e apoiando ações literárias em outros lugares e datas. Nesse sentido, estamos muito felizes com a parceria com o Salvador Shopping, já que o fundamental é unir forças para incentivar, cada vez mais, o hábito da leitura”, afirma ela.
Venda de ingressos | Para garantir o amplo acesso do público, a Bienal do Livro Bahia, que começa no dia 26 de abril e segue até 1° de maio, no Centro de Convenções Salvador, ampliou os meios de compra antecipada dos ingressos. O espaço funciona até o dia 1° de maio, de segunda a sábado, das 9h às 22h, e domingo, das 13h às 21h. É possível adquirir os bilhetes no estande físico montado no Salvador Shopping, localizado no piso G1. Além das vendas online, pelo site oficial do evento – www.bienaldolivrobahia.com.br.
A entrada inteira custa R$ 30,00; a meia entrada, R$ 15,00. Lembrando que crianças até um metro de altura não pagam. Adicionalmente, durante os dias de Bienal, ainda haverá bilheteria física no próprio Centro de Convenções Salvador.
SERVIÇO
Festival de Literatura do Salvador
Local: Estação Café | Praça Central – Piso L1 do Salvador Shopping
Data: domingo, 21 de abril de 2024
Horário: 14h às 20h
Evento gratuito e aberto ao público
Mais informações: App Salvador Shopping (disponível em Android e IOS)
FESTIVAL DE LITERATURA DO SALVADOR: AS HISTÓRIAS QUE A BAHIA CONTA
Anderson Shon: escritor, poeta, educador, quadrinista e super-herói nas horas vagas. Autor dos livros “Um Poeta Crônico” (2013), “Outro Poeta Crônico” (2019), “A Despedida do Super Futuro” (2020), “Quando As Borboletas Saem do Casulo” (2023) e da HQ “Estados Unidos da África”, tem participação nas coletâneas de contos “Artistas Liberais” (2019) e “Tudo É Verdade, Menos Aquela Parte” (2022). Já teve seus textos passeando pelo site Jovem Nerd, Mundo Negro, Correio Nagô, etc.
Dandê Azevedo: preto, cantor lírico e popular, poeta, modelo. Dandê é um musicista, que já participou de Óperas como Dido e Enéias, Flauta Mágica, Dulcinéia e Trancoso e a própria Ópera dos Terreiros que retrata as religiões de matrizes africanas, bem como shows particulares, como por exemplo, TEDx. Recentemente, participou da Turnê da Liberdade com o NEOJIBA, se apresentando em diversos teatros pelo Norte e Nordeste, incluindo o aclamado Teatro Amazonas, em Manaus. Busca trazer na sua trajetória a ancestralidade, a resistência e a força através da música.
Deko Lipe: soteropolitano, ator, escritor e criador de conteúdo no Primeira Orelha, onde fala sobre literatura infantil, infantojuvenil e com representatividade LGBTQIAP+. É autor do livro “Meus pais e eu” (2019) e “O brincoder de Pepe” (2022), além de ter participações nas coletâneas “Vozes Nordestinas” (2021), “Gordes” (2021), entre outras, e contos publicados na Amazon.
Elisio Lopes Jr: roteirista, dramaturgo e diretor artístico. Autor de mais de 20 textos teatrais montados no Brasil. Seu último espetáculo foi o musical ‘A Peleja da Santa Dulce dos Pobres’ (2023) e ‘Dona Ivone Lara – Um sorriso negro’ (2018/2019). Na TV assinou o roteiro de programas de TV como Esquenta (Rede Globo) e Espelho (Canal Brasil). No cinema assina o roteiro de vários curtas como “Como as nuvens são”, do longa Medida Provisória junto com Lusa Silvestre e Aldri Anunciação, dirigido por Lázaro Ramos, e do longa “Ó paí ó 2”. Atualmente é roteirista contratado da Rede Globo. Na Literatura já lançou três livros: Carne Fraca pela Editora Casa de Jorge Amado, Trilogia da Noite, Editora Giostri e Monocontos, Editora Malê.
Gabriele Carvalho: 22 anos, é criadora de conteúdo de livros e cultura pop. Fala sobre livros, séries e filmes e traz um conteúdo que varia entre curiosidades, memes, críticas de filmes e séries e resenhas de livros. O “Livros, Séries e Brigadeiro” surgiu em 2018, após a vontade de compartilhar sobre as suas leituras, filmes e séries. Seu foco é criar o conteúdo que gostaria de consumir e tentar trazer um impacto positivo em sua comunidade. @livrosseriesbrigadeiro.
Lorena Ribeiro: nascida em Salvador, a historiadora e professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Autora do livro “O avesso da raça: Escravidão, abolicionismo e racismo entre os Estados Unidos e o Brasil” e de “Temores da África: segurança, legislação e população africana na Bahia oitocentista”, ganhador do prêmio Thomas Skidmore em 2019. É colunista do Nexo Jornal. Idealizadora do projeto Passos entre Linhas, e com ele tem como foco a divulgação de autores da Bahia, principalmente autoras negras. É também idealizadora do projeto Lendo a Bahia (incluindo o clube de leitura de mesmo nome).
Marcos Cajé: Mestre em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas pela Universidade Federal do Recôncavo. Pedagogo e idealizador do termo literário Afrofantástica. Premiado pela El Nevado Solidário de Oro, uma premiação Argentina, criada por Rulo Ortubia, ano 2021. Escritor de vários livros infantojuvenil.
Mario Omar: contador de histórias e pesquisador da tradição oral. Angoleiro, Pedagogo, brincante, fazedor de histórias e tecelão de sonhos. Amante das africanidades e da cultura popular brasileira, convida a todos para escutar um bom conto.
Ricardo Ishmael: atualmente um dos nomes mais conhecidos da literatura infantojuvenil na Bahia, o autor tem se especializado na escrita para as infâncias desde o ano 2020, quando lançou o seu primeiro livro infantojuvenil, “A Princesa do Olhinho Preguiçoso”. Nas obras seguintes do autor, “O Menino de Asas Invisíveis” (2021) e “Deu a Louca na Bicharada” (2022), também infantojuvenis, Ishmael aborda temas fundamentais para o letramento racial e a compreensão do respeito à diversidade. Durante a Bienal do Livro Bahia, Ishmael fará o pré-lançamento do seu quinto livro: “Por que as nuvens choram?” traz mais um tema de grande relevância social: a exposição de crianças à violência doméstica. O escritor propõe o debate sobre o fortalecimento das redes de apoio à infância e às mulheres vítimas de agressão.
Vovó Cici: a mestra griô mantém vivas as tradições afro-brasileiras através da contação de histórias. É doutora Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia; e tida como a maior contadora de histórias do século 20. Mantém o legado de formar e inspirar milhares de narradores em todo mundo, suas contribuições para a tradição oral são fundantes para entendermos a narração contemporânea atualmente.