Clarindo Silva recebeu o chamado do padre Edson Menezes, reitor da Basílica do Bonfim, para ser um dos cidadãos da cidade do Salvador a ter os pés lavados na cerimônia que acontece na missa das 18h, do dia 28 de março, da Quinta-feira Santa na Igreja do Bonfim. Honrado, Clarindo confessa que sempre achou muito bonita a cerimônia e desde criança desejava participar.
O “Lava-pés” é um ato de passagem cheio de simbolismo, emoção e renovação da fé, que possui um contexto bíblico descrito em episódios do Antigo e do Novo Testamentos. O ritual sobrevive até hoje por causa do Evangelho de João, no Novo Testamento, mas seu surgimento nada mais é do que um gesto muito mais antigo, antes de Cristo, quando os anfitriões ao receberem um convidado em casa ofereciam uma bacia com água para o hóspede ou visitante lavar os pés. Essa prática indicava aspectos como hospitalidade e agrado à pessoa que o visitava.
Mas foi em um momento vivido no Novo Testamento que essa prática tomou novos rumos simbólicos. Jesus era considerado o Messias, aquele que ofereceria sua vida em troca do perdão dos pecados das pessoas. Contudo, em sua última noite com os seus discípulos, ele lavou os pés dos seus seguidores, o que quebrou todos os paradigmas acerca da hierarquia entre mestre e servo ou senhor e escravo. Mostra que independente da sua posição social, os humanos são todos iguais, sendo também, pessoas dignas de serem amadas. Então, a prática de lavagem dos pés em um evento é a mais pura representação de amor ao próximo, humildade e igualdade entre as pessoas.
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