O iFood, empresa brasileira de tecnologia, apresenta o primeiro balanço da fase piloto do projeto iFood Acredita, em Salvador, na Bahia, programa que visa acelerar o crescimento do empreendedorismo negro na plataforma, fortalecendo a diversidade e impulsionando os negócios para esse público.
O balanço realizado por meio do próprio programa revela o perfil dos empreendedores do iFood Acredita. Para 64% deles, o negócio é responsável por, pelo menos, metade da renda familiar, 70% são mulheres, a maioria entre 25 e 44 anos, 70% estão em seu primeiro negócio e 78% trabalham sozinhos, sem funcionários.
Foram beneficiados os restaurantes cadastrados no iFood, mas os que não estão cadastrados na plataforma puderam se inscrever e ter acesso, posteriormente, às alavancas do iFood Acredita. “Ainda não estamos no patamar de crescimento que almejamos para os empreendedores mas, ainda assim, estamos muito felizes porque já temos indícios e condições de seguir em “mergulho profundo” nesses próximos meses, entendendo os motivos pelos quais alguns empreendedores, após entrarem no programa, decolam alto, enquanto outros, mesmo com incentivos, não avançam em resultados”, comenta Angel Vasconcelos, diretora de equidade do iFood.
Nosso objetivo é potencializar os negócios de empreendedores negros, propondo mais visibilidade dentro do aplicativo. Para aprimorar o desempenho na plataforma, oferecemos consultoria de performance, além de treinamentos de gestão e operação pelo iFood Decola, plataforma de educação gratuita do iFood voltada para parceiros”, explica Angel. “Além disso, os empreendedores têm acesso facilitado a uma linha de crédito com tarifas reduzidas, apoiando financeiramente o negócio”, acrescenta.
Durante todo o período do programa 83% dos empreendedores acionaram a consultoria de performance e quase 300 certificados de cursos feitos no iFood Decola já foram emitidos para quem participa do programa.
“É preciso que, cada vez mais, empresas se engajem e se comprometam em contribuir com a redução das desigualdades por meio de políticas e programas corporativos de equidade”, afirma Angel. “Com poder de decisão sobre a pauta de equidade, minha maior felicidade, é pautada no fato de que não estamos mais aqui apenas para falar de soluções que sonhamos tirar do papel, mas já possuímos entregas concretas e, mais do que isso, trabalhamos com muito afinco em melhorias contínuas que serão novamente disponibilizadas para os empreendedores de Salvador”, finaliza.
Mergulhando de cabeça na otimização
Levando em consideração as dificuldades de alguns participantes em avançar nas trilhas de educação e configuração, o iFood estima que cerca de 30% dos empreendedores não possuem um computador. Nesse caso, esse grupo consegue operar o iFood por meio do celular, mas existem algumas limitações e, saindo do contexto da plataforma, há dificuldades de gestão do próprio negócio que, para aqueles que possuem um computador, a história é diferente.
Para entender um pouco mais sobre isso, em modo de teste, o iFood doou alguns computadores. Após isso, empreendedores que estavam com o número de pedidos estacionado há meses, avançaram rapidamente em conversão de vendas.
Eduardo Araujo Farias, dono do estabelecimento Du Salgados, que fica em Salvador, conta que após a chegada do computador, o faturamento da sua loja aumentou de maneira significativa. “Eu senti um impacto positivo, isso porque, com o computador, eu consegui maratonar vários cursos do iFood Decola. Antes, eu assistia as aulas pelo celular, mas não era bom, pois o aparelho ficava travando bastante. Com o computador, fica mais fácil até para se organizar financeiramente, criando planilhas, por exemplo”, compartilha. “Na mesma semana que pude maratonar os cursos, após colocar em prática, o faturamento da loja dobrou, fiquei impressionado e feliz. Agradeço ao iFood, pois o computador já está me ajudando muito”, acrescenta Eduardo.
Essa realidade não era prevista antes da abertura do projeto, porém, buscando ajudar outros empreendedores também sem acesso a computadores, o iFood criou o Espaço iFood Acredita, um ambiente comunitário, modelo lan house, onde esses participantes tiveram oportunidade de agendar horário e trabalhar na gestão do negócio.
Outro fator observado foi o ADs (advertising no app), ferramenta de publicidade que permite anunciar serviços e produtos em sites de pesquisas mais conhecidos, que disponibilizamos nas primeiras semanas para os empreendedores. Aumentamos a visibilidade das lojas, mas não houve crescimento na conversão em vendas. Analisando os cardápios, entendemos que o motivo poderia ser as fotos, então, financiamos imagens profissionais para um grupo de empreendedores e a consequência foi um crescimento de 43% no número de pedidos e de 39% no faturamento.