Crédito: Heloisa Bortz
O monólogo “Nasci pra ser Dercy”, estrelado por Grace Gianoukas e escrito e dirigido por Kiko Rieser, presta uma homenagem a Dercy Gonçalves, uma das maiores atrizes do século XX. Ela faleceu há 15 anos, aos 101 anos, sem que jamais tenha havido nos palcos brasileiros uma peça que a homenageasse. Até agora! Nos dias 10, 11 e 12 novembro, o espetáculo chega a Salvador, com três apresentações no Teatro SESC Casa do Comércio. Sexta e Sábado, às 20h e Domingo, às 19h. As vendas dos ingressos para o espetáculo, acontecem na bilheteria do teatro e pela internet através do site da Sympla.
Dercy não cabia em rótulo algum, e é assim que o público pode esperar o espetáculo. O texto busca unir o apelo popular e o carisma de Drecy a uma profunda pesquisa que mostra a importância, muitas vezes ignorada, da atriz para o teatro brasileiro e para a liberdade feminina, bem como sua inquestionável singularidade.
Desbocada e defensora da mais profunda liberdade, era muito recatada em sua vida íntima, chegando a se casar e enviuvar anos depois ainda virgem. Contestava frontalmente a censura da ditadura militar, mas se recusava terminantemente a levantar bandeiras políticas específicas que não fossem a da irrestrita liberdade e do respeito a todas as formas de existir.
A atriz se consagrou como vedete do Teatro de Revista, mas sua maior contribuição ao nosso teatro se deu ao levar essa expertise para a comédia popular, que ela revolucionou inteiramente, trazendo textos fundamentais para o Brasil e instaurando uma nova forma de interpretar, que rompia com todos os padrões e inaugurava em nossos palcos uma representação genuinamente brasileira. Amada por quase todo o país, Dercy Gonçalves é uma figura largamente reconhecida, mas pouco conhecida de fato.
“Dercy Gonçalves é retratada quase sempre como apenas uma velha louca que falava palavrão”, fala Kiko Rieser, que no texto procura revelar ao público a mulher grandiosa e complexa que ela foi. “Uma atriz vinda do teatro de revista que recriou a comédia brasileira. Uma mulher que era chamada de puta, mas que casou e enviuvou virgem, iconoclasta e devota, libertária, mas avessa a qualquer bandeira, inclassificável e singular”, completa o autor.
Sinopse
A peça começa com uma atriz, Vera, entrando no estúdio para fazer teste para o papel de Dercy Gonçalves em um filme. Conforme vai dando suas falas, ela se revolta contra o roteiro, cheio de estereótipos. Sua mãe era grande fã de Dercy e por isso Vera cresceu conhecendo e sendo influenciada pelo exemplo dessa artista icônica. Ela então, transformando-se em Dercy, começa a mostrar quem realmente foi essa mulher à frente de seu tempo.
FICHA TÉCNICA
Texto e direção: Kiko Rieser
Atuação: Grace Gianoukas
Voz off: Miguel Falabella
Diretor de Produção: Paulo Marcel
Visagismo: Eliseu Cabral
Téc. de Luz: Hugo Peak
Tec. De som: Nayara Konno
Contra Regra- estagiário: Peterson Gonçalves
Cenário e figurino: Kleber Montanheiro
Desenho de luz: Aline Santini
Trilha sonora original e arranjos: Mau Machado
Canção-tema “Só sei ser Dercy”: Danilo Dunas e Pedro Buarque
Assistência de direção: André Kirmayr
Preparação corporal: Bruna Longo
Preparação vocal: André Checchia
Colaboração no processo: Fernanda Lorenzoni
Assistência de figurino: Marcos Valadão
Cenotécnica: Evas Carreteiro
Design gráfico: Letícia Andrade (Nós Comunicações)
Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação
Mídias sociais: Pierre Nunes
Fotos: Heloísa Bortz
Assessoria jurídica: Ana Capozzi
Realização: Ventilador de Talentos
SERVIÇO:
Nasci Pra Ser Dercy
Elenco: Grace Gianoukas, locução Miguel Falabella e direção Kiko Rieser
Data: 10, 11 e 12 de novembro (sexta a domingo)
Horário: Sexta e Sábado, às 20h e Domingo, às 19h
Local: Teatro SESC Casa do Comércio
Valor: Plateia – R$120,00 (inteira) e R$60,00 (meia)
Plateia Superior – R$100,00 (inteira) e R$50,00 (meia)
Vendas: Bilheteria do Teatro e site da Sympla
Classificação indicativa: 14 anos
Produção Local: Carambola Produções
Realização: Ventilador de Talentos