Indiciado por estupro e feminicídio de Janaína da Silva Bezerra, 22 anos, Thiago Mayson, 28 anos, passou cerca de 4 horas com o corpo dentro da sala onde ocorreu o crime, na Universidade Federal do Piauí. As informações são da polícia ao G1.
Thiago foi preso após cometer violências sexuais depois da vítima morta. Além disso, ele tamém fez imagens do corpo enquanto esteve com a jovem.
Contudo, o assassino ainda teria passado horas com corpo da vítima. Ao G1, a polícia informou de forma estimada a cronologia do crime.
Confira a cronologia do crime:
23h
A vítima foi para uma festa de calouros no Centro de Ciências da Natureza (CCN), na universidade, na noite do dia 27 de janeiro. Janaína chegou na festa depois da amiga, Rainara Silva, que foi uma das pessoas ouvidas pelo pela polícia para elucidar o crime.
2h30 – 3h
Jaínaina teria se encontrado com Thiago e os dois foram juntos a uma sala de estudos à qual Thiago tinha acesso, por ser estudante do mestrado, entre 2h30 e 3h, conforme estimativa da polícia.
Janaína e Thiago já tinham se beijado em uma festa em dezembro de 2022. No entanto, segundo a delegada do caso, Natália Figueiredo, eles não mantiveram relacionamento, porém o encontro anterior fez com que ela fosse com ele à sala da universidade. No local, a vítima foi violentada sexualmente e morta.
3h40
De acordo com a polícia, após a prisão, foram encontradas no celular do agressor imagens que mostram a primeira violência sexual, gravadas por volta de 3h40. Neste horário, conforme as imagens, a vítima estava vivo. Contudo, um vídeo gravado momentos depois mostra que Janaína sofreu violência sexual já morta. Segundo a polícia, nas imagens ela está coberta de sangue.
4h30
As investigações apontam que Janaína morreu entre as 4h30 e 5h. Depois desse horário, o assassino gravou vídeos da vítima morta sendo abusada. Ele permaneceu com ela na sala pelo menos por quatro horas, das 5h às 9h, conforme a polícia.
9h30
Por volta das 9h30 um segurança da UFPI viu Thiago com Janaína nos braços caminhando pelo setor de matemática da universidade. O segurança disse à polícia ter percebido que a jovem não tinha pulsação e que estava com as pupilas “viradas”.
No hospital, a equipe médica relatou que ela já chegou sem vida. O laudo do IML constatou que ela sofreu estupro e morreu após ter o pescoço quebrado, por asfixia.