Para quem já teve a alcunha de ‘anônimo’ pelos opositores, o governador Jerônimo Rodrigues (PT), eleito com 52,79% das intenções de votos contra 47,21% do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (UB), passou no teste de popularidade em sua estreia no tradicional cortejo, há dois anos sem ocorrer por conta da pandemia da Covid-19.
Ao percorrer os 8 km da Igreja da Conceição da Praia até a Colina Sagrada, o governador por onde passou não apenas acenava para o seu eleitorado como fez questão de atender a pedidos de selfies e compartilhou abraços, distribuindo simpatia. Esse era o comentário no grande cordão que arrastou, porém não muito denso.
Em relação ao grupo de aliados partidários, como esperado, por não se tratar de um ano eleitoral, o saldo não foi muito positivo. Acompanhado, a todo tempo pelo seu vice, o emedebista Geraldo Júnior, Jerônimo não teve ao seu redor muitos ‘companheiros’ políticos. A dispersão chamou atenção. Na Conceição da Praia, de onde sai a imagem de Senhor do Bonfim, foi possível encontrar um número mais elevado.
Vale ressaltar, no entanto, que Geraldo Júnior, também caminhou com a notoriedade que poucos vices possuem e que os ataques golpistas a sedes dos três Poderes desmobilizou a unidade de parte do seu entorno de primeira hora, a exemplo do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), do líder do governo no Senado, Jaques Wagner, também petista e do senador Otto Alencar (PSD), bem como de boa parte dos deputados federais. Ainda assim, um ou dois fizeram questão de comparecer, como os integrantes do Partido dos Trabalhadores Jorge Solla e Afonso Florence. Quanto aos estaduais não podemos dizer o mesmo, poucos foram vistos. Apenas os principais secretários marcaram presença.