O ex-governador de São Paulo João Doria anunciou nesta quarta-feira, (19), a sua desfiliação do PSDB, partido ao qual esteve filiado por 22 anos e a única legenda na qual militou politicamente. Em nota, Doria cita lideranças históricas do PSDB como Franco Montoro, José Serra, Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso e diz que buscou cumprir “uma missão política e partidária pautada na excelência da gestão pública, num Estado menor e em favor de uma sociedade mais justa e menos desigual”.
A saída de Doria ocorre em um momento delicado para o PSDB, que está prestes a sofrer a sua maior derrota eleitoral desde a sua fundação em 1988. O partido não conseguiu ir ao segundo turno na disputa pelo governo de São Paulo.
Doria deixou o governo de São Paulo em abril deste ano disposto a ser o candidato da terceira via à Presidência da República, mas não conseguiu viabilizar a sua candidatura. Boicotado por lideranças do próprio partido, Doria acabou desistindo da candidatura. No segundo turno da disputa nacional, anunciou que não votaria nem em Luiz Inácio Lula da Silva e nem em Jair Bolsonaro, que ganhou o “apoio incondicional” do governador tucano Rodrigo Garcia.
Na nota divulgada hoje, Doria não indica se irá migrar para uma nova sigla partidária. Ele já havia anunciado a intenção de se dedicar mais à iniciativa privada, onde construiu uma carreira de sucesso como empresário.