Operação Dolus: funcionários do Detran são presos em esquema de frade envolvendo carros roubados e documentos falsos

REGIÃO METROPOLITANA SEGURANÇA

A Delegacia Territorial de Jequié, no sudoeste do estado, prendeu onze pessoas na Dolus, deflagrada nesta sexta-feira (20/5), todas acusadas de um esquema de fraude envolvendo carros roubados e docuemntos fraudados. Alguns deles são funcionário da Circusncrição Regional de Trânsito (Ciretran), um órgão local do Detran, e de uma terceirizada que dá apoio ao órgão. As investigações começaram ainda em 2019 e o inquérito policial tem cerca de duas mil páginas.

Segundo o titular da unidade, delegado Moabe Lima, tudo começou após um motorista criar um boletim de ocorrência informando que um veículo teria sido transferido para o nome de outra pessoa sem assinatura do legítimo proprietário no Certificado de Registrode Veículo (CRV) e no Documento Único de Transferência( DUT). Assim, teve início o inquérito, há três anos.

As investigações apontaram um esquema de falso reconhecimento de firma em um dos cartórios da cidade e fraudes no primeiro emplacamento de veículos automotores, praticado por um despachante na 7ª CIRETRAN/Jequié. Na operação, foram feitas três prisões, além de buscas domiciliares.

Com as novas evidências apreendidas, os policiais observaram que o crime se estendia a outras fraudes, envolvendo outros funcionários e terceirizadas da Ciretran. Na lista, estão falsificação de documento público, falsificação de documento particular, corrupção passiva, corrupção ativa, uso de documento falso e organização criminosa.

Nesta fase, foram representadas por novas prisões e buscas domiciliares, sendo decretadas pelo Poder Judiciário oito mandados de prisões preventivas e 17 dezessete mandados de buscas e apreensões domiciliares, sendo duas na cidade Lauro de Freitas e Salvador.

ENTENDA AS FRAUDES

O delegado explica que, como no primeiro emplacamento não é obrigatória a vistoria veicular, o grupo conseguia dados das notas fiscais, falsificando tanto este documento como outros necessários à apresentação da documentação junto ao Ciretran. Nomes de pessoas de fora do esquema, os chamados “laranjas”, eram utilizados para constar na documentação do veículo inexistente que estava sendo licenciado. Com essa situação, algumas concessionárias de veículos tiveram prejuízo em torno de R$ 7 milhões, pois os verdadeiros veículos ficavam “presos” nos pátios sem poderem ser vendidos, visto que os sinais identificadores deles eram utilizados nas fraudes;

Outro golpe ocorria de forma similar, porém em veículos furtados e/ou roubados. Ainda segundo a polícia, os suspeitos adulteravam os sinais identificadores de veículos para poderem passar na vistoria veicular em novo emplacamento. Neste caso também era praticado o crime de falso reconhecimento de firma no CRV e DUT.

Além disso, documentos particulares e públicos eram falsificados para facilitar as fraudes, sendo constatada também a falsificação de outros documentos para acelerar os emplacamentos de veículos regulares.

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adm

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