‘Cabeças vão rolar’, diz ex-morador de rua ao ser banido do Instagram

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O principal perfil no Instagram de Givaldo Alves, o ex-morador de rua envolvido na polêmica com a mulher de um personal em Brasília, está fora do ar desde o sábado (16). A página contava com 477 mil seguidores e era usada para postar fotos e vídeos da nova vida de Givaldo, que agora trabalha como influenciador digital e ganhou o apelido de “mendigo do amor”.

“Cabeças vão rolar. Aguardem. Já que derrubaram minha conta lá no vizinho [Instagram], vou tirar uma folga até voltar”, postou Givaldo no TikTok, página que tem, atualmente, 727 mil seguidores e mais de 3,7 milhões de curtidas.

“Podem tentar, mas a gente que viveu nas ruas aprende que cada dia é dia. Força e coragem a todos os que torcem por mim”, completou Givaldo, sem explicar o motivo de ter tido o perfil no Instagram bloqueado.

A página @givaldoalves_brasil ainda aparece nas buscas do Google, mas desapareceu do Instagram. O R7 entrou em contato com a assessoria de imprensa da rede social para saber o motivo de a conta ter sido derrubada, mas ainda não recebeu retorno.

Fãs do ex-morador de rua especulam que a derrubada do perfil tenha a ver com a briga entre Givaldo e a advogada Deolane Ribeiro, viúva do MC Kevin. Antes de ter o perfil excluído da rede, o sem-teto e a influenciadora trocaram farpas nas redes sociais em uma briga que envolveu até a polícia.

Tudo começou quando Deolane criticou duramente Givaldo por ter obtido fama após um episódio trágico e disse que tinha “ranço” de o ver na internet. “Eu vou falar uma coisa para vocês, eu estou com um ranço de entrar na internet e ver esse ‘mendigo’. Que Deus me perdoe, senhor, e ainda esse monte de mulher dando atenção para esse cara nojento”, disse.

Em resposta, Givaldo acionou a polícia. “Já que a doutora Deolane disse que está aguardando a intimação, pronto, a Justiça já intimou. E agora ela terá que responder”, afirmou ele.

Givaldo foi alçado ao status celebridade desde que protagonizou o episódio que levou a empresária Sandra Mara, de 33 anos, à internação em um hospital psiquiátrico. Na sexta-feira (15), ele disse à Record TV que é grato pela mudança de vida após o caso em que acabou agredido pelo personal, em março. No entanto, ele afirma que se arrepende do que aconteceu, sobretudo devido ao estado de saúde da mulher.

Com o retorno obtido depois da exposição do fato, Givaldo saiu da situação de rua e atualmente mora em um hotel de luxo em Brasília, apesar de estar sob investigação. Ele acumula milhares de seguidores nas redes sociais e é visto em diversas festas pelo país.

Givaldo também tem vendido sua imagem a um perfil na internet que cobra R$ 100 para gravar vídeos personalizados nos quais o ex-morador de rua pode enviar mensagens de parabéns, convocar para eventos e até fazer piadas de cunho sexista citando o nome de pessoas que compraram o material. Ele também entrou em negócios envolvendo criptomoedas.

Perfis nas redes sociais que têm o nome de Givaldo já estavam na mira da Justiça. A Justiça do Distrito Federal determinou que YouTube, Facebook e Instagram retirem do ar páginas que difamaram a imagem do casal envolvido na polêmica com o sem-teto.

No caso do YouTube, a juíza Josélia Fajardo explica na decisão, publicada na última terça-feira (12), que “a parte autora pretende [que] seja determinada a imediata indisponibilização dos canais falsos e dos vídeos contendo conteúdo ofensivo, difamante, ultrajante à honra, imagem e à vida privada dos requerentes, criados na plataforma”.A magistrada diz que os perfis utilizam nomes semelhantes ao do casal “com o fim de propagar notícias falsas e distorcidas sobre um fato ocorrido com a autora e noticiado em vários jornais”. O prazo estipulado para a retirada dos perfis da plataforma foi de 24 horas, sob multa de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

Com relação ao Facebook e ao Instagram, o documento, de 31 de março, diz que “trata-se de pedido de tutela antecipada de urgência formulado em petição inicial íntegra em que os autores almejam a remoção ou bloqueio dos perfis individualizados, criados nas redes sociais” em questão.

adm

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