Apesar da inflação e da retração no poder de compra do consumidor, os grandes fabricantes de chocolate terão neste ano uma produção de ovos maior do que na Páscoa de 2021, quando o país ainda atravessava um momento difícil da pandemia.
A Mondelez, dona da Lacta, diz que elevou em 10% o volume. A empresa lançou uma linha de pequenos ovos recheados, com preço mais baixo, e aposta na venda das caixas de bombom. Renata Vieira, diretora de marketing na Mondelez, diz que os preços subiram para o consumidor final devido ao aumento nos custos.
“Regionalizamos mais nossa estratégia de preço porque o Brasil não é um Brasil só, são vários. E o poder aquisitivo, da mesma forma que a inflação, foi afetado de maneira diferente nas várias regiões. Aplicamos aumento de preço, mas tentamos fazer isso de forma inteligente, para oferecer alternativas ao consumidor”, diz.
A Nestlé também diz ter sentido pressão no custo de matérias-primas. A companhia diz que subiu de 10 milhões para 11 milhões o número de itens à venda na Páscoa deste ano em relação à do ano passado.
A empresa também aposta nas vendas das caixas de bombom de sua marca Garoto, além de itens mais baratos, como mini ovos.
Na Cacau Show, a campanha de Páscoa foi antecipada em duas semanas e a produção, elevada em 24% ante 2021.