A cozinheira Alaíde do Feijão, dona do Restaurante da Alaíde, no Pelourinho, morreu nesta segunda-feira (31/1). A família informou que Alaíde lutava contra um quadro de Covid pela segunda vez, além de outras doenças por conta da idade, e morreu após uma parada cardiorrespiratória.
Mulher negra, Alaíde usou seu restaurante como ponto de encontro de articulações políticas, recebendo tanto representantes do poder quanto do povo e da arte. “Trata-se de uma perda irreparável, que deixa órfão todo o movimento negro brasileiro”, lamentou o Coletivo de Entidades Negras (CEN).
A vida de cozinheira começou em frente ao Elevador Lacerda, onde Alaíde colocou um tabuleiro para vender feijão. Com o sucesso, se mudou para um imóvel no Pelourinho, onde surgiu o restaurante da Alaíde.
“Foi no seu estabelecimento, conhecido pela feijoada e outros quitutes, que nasceram acordos políticos históricos e surgiram movimentos novos de luta por direitos”, reforça o CEN.
Ainda não há informações sobre o local ou horário do enterro de Alaíde.