Há exatamente dois meses, uma mãe de Salvador procura o próprio filho, de apenas 18 anos. De prenome Caíque, o jovem saiu de casa no último dia 26 de novembro, com um amigo, dizendo que tinha um trabalho para fazer no município de Terra Nova, a 80 km de Salvador, e nunca mais voltou.
“Depois de três dias eu tentei entrar em contato com ele por esse colega, mas não conseguia falar. Quando esse rapaz apareceu foi depois de cinco dias, dizendo que meu filho foi executado em Terra Nova. Até hoje não tive contato, não tive acesso a corpo, ao meu filho, nem vivo nem morto”, desabafa a mãe.
Ela explica que entrou em contato com todos os amigos do filho, buscando qualquer pista do desaparecimento, mas cada um deles informava o contato de uma outra pessoa ou dizia não saber do ocorrido. O homem que falou sobre a possível execução do menino já está preso e contou detalhes da morte à delegacia local.
Ele teria dito em depoimento que Caíque foi levado por quatro homens para um bambuzal atrás do cemitéio de Terra Nova, onde teria sido morto a facadas. O problema é que, até esse momento, nada foi achado na região.
O “jogo de empurra” também acontece na Polícia Civil. A mãe sustenta que entrou em contato com a Delegacia Territorial de Terra Nova, mas, como não há nenhum corpo no local, os agentes informam que ela entre em contato com o Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa de Salvador. O DHPP, por sua vez, diz que ela entre em contato com Terra Nova, já que há uma declaração de que a execução ocorreu no município.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o inquérito está em andamento e que não pode dar mais detalhes acerca do desaparecimento para não atrapalhar as investigações.
ASSISTA, ABAIXO, AO DEPOIMENTO COMPLETO DA MÃE: