Depois de alfinetar o governo da Bahia pelos decretos que limitam a lotação máxima dos eventos e elogiar o Pará pelo “exemplo” ao em liberar shows durante o avanço da Ômicron, Léo Santana fez um desabafo a respeito da situação pela qual passa o mercado de entretenimento no país.
“O setor de eventos foi um dos que mais sofreu impacto durante a pandemia. Até a retomada de suas atividades, sobreviveu como pôde, a trancos e barrancos, se reinventou e ainda por cima se solidarizou fazendo lives e arrecadando milhões de toneladas de alimentos, equipamentos médicos e qualquer outra coisa que virou necessidade para a população decorrente ao caos mundial que se alastrava”, escreveu o músico em storie no Instagram.
O pagodeiro salientou a eficiência da vacina em reduzir as mortes por Covid-19 e lembrou que a maioria dos casos graves são de pessoas não imunizadas, e questionou o tratamento dado a diferentes setores. “Hoje, mesmo com as medidas, com a eficiência da vacina sobre o número de óbitos (vale lembrar que a cada 100 pessoas internadas pelo covid, 95 são pessoas que não tomaram a vacina), ainda assim o peso da culpa sobrecai sobre o nosso setor, mesmo com tudo funcionando, estádios, bares, transporte, praias… O peso ainda é dos eventos”, comparou.
Segundo Léo Santana, “o país vira as costas para os que incansavelmente dispuseram dos seus ofícios para ajudar, para entreter nos momentos difíceis e transformaram o cansaço físico e psicológico de ficarmos presos em casa em um momento de alegria e refúgio da realidade”. Ele reprovou ainda as críticas direcionadas ao mercado do entretenimento, quando são questionadas as medidas restritivas implementadas pelos governos.
“E agora, qualquer questionamento feito sobre os decretos, o peso cai nos artistas, como se eles se alimentam do próprio ego, como se seu trabalho só alimenta seus luxos diários e não também milhões de famílias que se sustentam direta e indiretamente do seu trabalho. Egoísmo é não entender o apelo daqueles que deram a mão à população quando os (alguns) políticos pareciam lutar contra”, declarou.
Por fim, ele disse acreditar que as medidas devem existir, mas destacou que é preciso olhar para o setor com “mais apreço, empatia e gratidão e não com desprezo e desmerecimento, sem marginalizar uma área que movimenta bilhões”. “E a população que não exime forças para desmerecer e comemorar pela derrota a cada decreto que o setor de evento tem, sugiro que usem dessa energia pra questionar os que se negam a tomar a vacina. Esses sim nunca fizeram nada por vocês e trazem o retrocesso que passamos”, concluiu.