Senador pela Bahia e pré-candidato ao governo do estado, Jaques Wagner (PT) avaliou os números da última pesquisa presidencial e disse que “a situação de Lula é muito boa, mas é preciso calçar as sandálias da humildade”.
A pesquisa do Ipec (ex-Ibope) aponta o ex-presidente Lula (PT) na liderança com folga às intenções, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Lula tem 48% das intenções de voto; Bolsonaro, 21%; Moro (Podemos), 6% e Ciro Gomes (PDT) tem 5%.
Wagner defendeu que Lula precisa estender sua aliança para ganhar mais força na construção da chapa, abrindo interpretação que defende a composição com Geraldo Alckmin, récem-desfilado do PSDB, como vice. “Hambúrguer não é pão com pão. Se faz colocando uma mortadela ali no meio também”, brincou.
O ex-governador da Bahia disse ainda que a eleição presidencial terá três grandes polos de disputa.”Um deles é a anticorrupção, capitaneado pelo ex-juiz e ex-ministro. O outro é o da família, que na verdade nem é tão da família assim e capitaneado pelo atual presidente. O terceiro palanque é da democracia, da prosperidade e de fazer o Brasil voltar a caminhar nos trilhos. Esse é de Lula. No polo da anticorrupção temos um falso profeta que perseguiu pessoas quando esteve no comando da Operação Lava Jato. No polo da família, temos um ser humano grosseiro que ataca pessoas e não preza por nada de família. O único legítmo em seu próprio polo é Lula”, analisou.
Na disputa estadual, Wagner reiterou que será candidato a governador da Bahia e aproveitou para alfinetar ACM Neto (DEM), que lidera as pesquisas. “Nós temos um grupo. Temos um time. O grupo dele rachou entre ele e o ministro (João Roma). Eu acredito que ninguém faz nada sozinho e aposto no coletivo. Já ele, eu não sei”, disse.