Uma equipe da Polícia Ambiental de São Paulo encontrou mais de mil búfalos abandonados, em condição de maus-tratos, numa propriedade rural de Brotas, interior de São Paulo. Os animais estavam sem comida, em valas e áreas de brejo. De acordo com a polícia, aparentemente, os animais foram deixados para morrer e a área, posteriormente, se tornaria uma plantação de soja. O caso foi descoberto no dia 6 de novembro.
O fazendeiro responsável pela manada foi preso e multado em mais de R$ 2 milhões, mas, ao pagar fiança de R$ 10 mil, foi solto. O dono, que não teve sua identidade revelada, é psicanalista e trabalha na capital paulista. A polícia investiga o motivo dos animais terem sido abandonados e não vendidos, já que seu preço é elevado.
De acordo com relatos, a maioria dos búfalos está caquéticos e debilitados e boa parte das fêmeas está gestantes. Ao Metrópoles, Patrícia Varela, da ONG Santuário Vale da Rainha, disse: “Tinha animal agonizando dentro de valas, animal de ponta cabeça no riacho, atolado, bebê e mãe mortos um ao lado do outro. Nunca vi uma coisa dessa, nessa quantidade. Eu não consegui entender, ainda, porque ele (o proprietário) não encaminhou esses animais para algum lugar de proteção”.
Alguns ativistas ambientais entraram na Justiça para conseguir a tutela dos animais. Porém, após soltura, o fazendeiro passou a reivindicar a guarda dos animais e, neste sábado (20), retornou a fazenda portando uma decisão liminar da Justiça que obriga parte dos voluntários a abandonar o local.
O deputado federal Fred Costa (Patriota) publicou na sua conta do Instagram que sua equipe está no local, porém tem encontrado algumas dificuldades para seguir o trabalho. Ele escreveu: “Por decisão judicial, apenas 10 podem permanecer por vez nos cuidados dos animais, e constantemente o proprietário da fazenda envia capangas para ameaçarem os voluntários. A situação está difícil, mas a equipe segue firme!”
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