Os virtuais candidatos a governador da Bahia intensificaram nesta semana a agenda no estado para buscar a viabilização da candidatura.
Quem deu “start” na movimentação foi o senador Jaques Wagner, pré-candidato pelo PT, ao utilizar a viagem do ex-presidente Lula a Salvador como parte da sua campanha, desde a última quarta-feira (25). Lula teve intensa agenda em dois dias, conseguiu unir a base em prol de Wagner, e praticamente definiu Otto Alencar na chapa de reeleição ao Senado.
A capital baiana deu ao sucessor de ACM Neto, principal rival dos petistas, 64% dos votos no ano passado. A estratégia é enfraquecer o opositor no seu reduto eleitoral e forçar a divulgação da sua imagem atrelada a de Lula na corrida em 2022.
Já o líder nas pesquisas, ACM Neto, iniciou uma visita ao extremo-sul baiano nesta quinta (26). Passou por Caravelas, Prado, Alcobaça, Teixeira de Freitas e Itamaraju. Levou um grupo de deputados e prefeitos da região.
Das cinco cidades visitadas, dois são prefeitos da base: os médicos Marcelo Belitardo (Teixeira de Freitas, do DEM) e Marcelo Angenica (Itamaraju, do PSDB). Populacionalmente são os maiores municípios visitados.
Possível candidato do presidente Jair Bolsonaro ao Palácio de Ondina, o ministro da Cidadania, João Roma, trouxe a ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, para uma série de visitas em Porto Seguro, Eunapólis e Vitória da Conquista.
O ministro tenta tirar votos em cidades-chave de ACM Neto, como Conquista e Eunápolis, onde as duas gestoras são do Democratas. Em Porto Seguro, terra de Jânio Natal, a situação é mais cômoda para o deputado licenciado. O prefeito é ligado a Bolsonaro e tende a apoiá-lo.
Dos três possíveis postulantes, apenas Wagner declarou publicamente que é pré-candidato ao governo, apesar de João Leão, do PP, ainda resistir à ideia. Neto pretende ainda este ano definir sua pré-candidatura. Já Roma espera um aceno maior de Bolsonaro, e diz que está muito cedo para pensar em eleições, mas já admitiu desejo de ser candidato.