Quando Pojuca, na Região Metropolitana de Salvador, completou 108 anos, no final do mês de julho, o principal assunto da festa passou longe de ser a aniversariante. O look do vereador Alexsandro Paim (PSDB), de 48 anos, roubou os holofotes da celebração. “Diferenciado”, como ele mesmo se define, o parlamentar é nascido e criado na terra que exportou figuras tão marcantes quanto, como a lutadora campeã do UFC, Amanda Nunes, e o roteirista e comediante do Porta dos Fundos, João “Seu” Pimenta.
Famoso pela forma de se vestir desde a infância, quando andava pelas ruas do bairro Shangri-lá, o agora edil conta que sempre se preocupou com a combinação das peças que carregava no corpo e, principalmente, com a mensagem que elas deixam por onde ele passa. “Sempre quis levar alegria para as pessoas e acho que as cores têm esse poder, porque animam qualquer um, então essa é uma forma que eu encontrei de trazer amor para os meus dias. Não tem nada a ver com querer aparecer”, contou ao Aratu On.
Mas não aparecer já deixou de ser uma opção há muito tempo. Combinando calça com terno, gravata e máscara, todos da mesma cor, Paim se orgulha de mostrar as peças que vão do amarelo ao preto e fazem parte da personalidade e assinatura que quer deixar na sua gestão.
O papo filosófico sobre levar alegria por onde passa, no entanto, não alcança os colegas da Casa Legislativa, que costumam rir do estilo de Sandro. Ou até alcança. “Quando eu chego, eles se ‘acabam’ de dar risada comigo, dizendo que chegou a cor que estava faltando, todo dia é uma resenha”. Dos 13 vereadores eleitos pelos pojucanos, Paim foi o único que conseguiu chamar a atenção do senador Angelo Coronel (PSD), convidado para a festa da cidade.
“Ele chegou de helicóptero e a primeira coisa que falou foi sobre a minha roupa. Disse que havia reparado ainda enquanto sobrevoava. Me perguntou o endereço de onde eu comprava, como eu fazia para tirar medidas, sobre a encomenda, tudo, mas até hoje não respondi e não sei se devo dar essas informações para ele”.
A brincadeira, com um ‘fundinho’ de verdade, é para garantir que esse estilo seja exclusivo na Bahia. Segundo o vereador, a busca pelos conjuntos coloridos atravessa a fronteira baiana e termina em São Paulo, onde conta com a ajuda de um amigo que é responsável pela compra e envio das peças. “Eu procurei em todo canto dessa Bahia, mas não consegui achar exatamente como eu queria. Recorri para um amigo de São Paulo e é de lá que eu compro, não é fácil achar”.
Essa dificuldade é o que fez com que Sandro adiantasse a coleção 2022, que, sem dar muitos detalhes, revelou que já está sendo produzida. “Serão com mais intensidade, para iniciar o ano com alegria. Eu quero dar uma renovada para começar 2022 mais diferenciado ainda”.
A promessa é de que, nos 109 anos de Pojuca, o estilo do vereador continue sendo a “cereja do bolo”.