A eficácia da vacina Coronavac é ainda maior que os resultados iniciais divulgados entre dezembro de 2020 e janeiro deste ano. Isso é o que comprova o estudo clínico final sobre o imunizante, coordenado no Brasil pelo Instituto Butantan e submetido, neste domingo (11/4), para revisão e publicação na revista científica Lancet.
De acordo com o estudo final, a eficácia primária para sintomáticos de Covid-19 atingiu 50,7%, ante os 50,38% informados inicialmente. Esse índice pode chegar a 62,3% com intervalos superiores entre as doses.
Os resultados também apontaram que para os casos que requerem assistência médica a eficácia da vacina variou entre 83,7% e 100%, quando o estudo preliminar que subsidiou a autorização do uso emergencial do imunizante no país indicava entre 78% e 100%.
Ao todo, o estudo contou com a participação de 12.396 pessoas, todas voluntárias, em 16 centros de pesquisa brasileiros, entre 21 de julho e 16 de dezembro de 2020. Todos receberam ao menos uma dose da vacina ou placebo. Desse total, houve 9.823 participantes que receberam as duas doses.
Ainda conforme o artigo científico apresentado neste domingo, a eficácia global da vacina do Butantan se revelou ainda maior 62,3% – se a segunda dose for aplicada em um intervalo superior a 14 dias da primeira.
O estudo ainda comprova que a Coronavac se revelou eficaz na proteção contra as variantes P1 e P2 do vírus Sars-Cov-2, por se tratar de uma vacina feita a partir do vírus inativado.
“Esse estudo corrobora o que já havíamos anunciado há cerca de três meses e nos dão ainda mais segurança sobre a efetiva proteção que a vacina do Butantan proporciona. Não resta nenhuma sombra de dúvida sobre a qualidade do imunizante”, afirma Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.
Desde 17 de janeiro, já foram distribuidas 38,2 milhões de doses da vacina aos brasileiros. Até 30 de agosto o volume totalizará 100 milhões de vacinas.