Estudo aponta que vacina da Pfizer é capaz de neutralizar variante brasileira do coronavírus

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Um estudo conduzido por cientistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e pela equipe de desenvolvimento e pesquisa da Pfizer revelou que a vacina desenvolvida pelos laboratórios Pfizer e BioNTech conseguiu neutralizar 3 novas variantes do coronavírus: a B.1.1.7 (do Reino Unido), a B.1.351 (da África do Sul) e a brasileira P.1.

As informações foram divulgadas na segunda-feira (8/3) por meio de um artigo publicado na revista científica The New England Journal of Medicine. O estudo foi realizado com sangue de 15 pacientes que receberam a vacina. Os pesquisadores colocaram o sangue em contato com as versões do vírus em laboratório.

A vacina da Pfizer tem 94% de eficácia contra o Sars CoV-2 original. Em fevereiro, a empresa havia garantido que o imunizante era eficaz contra as variantes britânica e sul-africana. A novidade deste novo estudo é que a vacina também protege contra a P.1, detectada inicialmente em Manaus.

Os cientistas produziram três vírus recombinantes de acordo com as mutações das três variantes e ainda reproduziram outras duas versões com mutações genéticas da cepa da África do Sul. Nos casos das variantes do Brasil e do Reino Unido, a vacina apresentou eficácia “robusta”, segundo o estudo. Contra a variante sul-africana, a eficácia é um pouco mais baixa.

Também foram analisadas as mutações D614G e K417N, E484K, N501Y na variante da África do Sul, que podem ser responsáveis por uma maior taxa de transmissão do vírus. Pelo menos três dos vírus testados continham a mutação que ocorre na proteína spike, usada como porta de entrada do coronavírus nas células humanas. Um deles foi na variante B.1.1.7. O 2º foi na variante P.1. E o 3º, na B.1.351.

Diante disso, vale cita que o estudo é limitado porque as mutações têm potencial de alterar a neutralização, disseram os autores.

“Cada ensaio de neutralização com um vírus alvo diferente é único, e comparações entre títulos de neutralização de diferentes ensaios devem ser interpretadas com cautela”, declararam os pesquisadores.

adm

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