Três novos casos da doença de Haff, enfermidade que causou um surto na Bahia em 2017, foram confirmados no Estado em pacientes com relato de consumo de peixe.
Na época chamada de “misteriosa”, a doença é conhecida por deixar a urina do paciente preta. Todos os pacientes moram em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. A informação foi divulgada na quinta-feira (12/11) pela Secretaria da Saúde (Sesab).
A doença causa súbita e extrema dor e rigidez dor muscular, dor no peito, falta de ar, dormência e perda de força em todo o corpo, além da urina cor de café, associada ao consumo de pescados. Caso não seja tratada rapidamente, ela pode evoluir com insuficiência renal e matar o paciente. O Centro Informação Estratégica em Vigilância em Saúde alerta que a enfermidade é uma síndrome que não possui ainda uma explicação científica.
Ao todo, seis pessoas apresentaram sintomas na Bahia nos últimos três meses. Entre setembro e outubro, duas unidades hospitalares de Salvador notificaram a ocorrência de casos da doença de Haff.
Já em agosto, foram registrados três casos suspeitos no município de Entre Rios. Na ocasião, houve consumo do peixe conhecido como “olho de boi”, onde cinco pessoas da mesma família fizeram a ingestão do peixe e aproximadamente sete horas depois, o primeiro caso, um homem de 53 anos, apresentou sintomas de fortes dores no corpo, tontura, náuseas e fraqueza. Outros familiares apresentaram os mesmos sintomas.
O secretário da Saúde, Fábio Vilas Boas, enfatizou que, aos primeiros sintomas, a população deve buscar uma unidade de saúde imediatamente.