Uma mulher levou um idoso, de 92 anos, morto em uma cadeira de rodas até uma agência do Banco do Brasil, na região central de Campinas, no interior de São Paulo, para fazer prova de vida e tentar sacar a aposentadoria dele.
O caso ocorreu em agência do Banco do Brasil e foi descoberto após a mulher, na tentativa de apressar o atendimento, dizer que o idoso estava passando mal.
Assim que mulher fez a afirmação, o Corpo de Bombeiros foi chamado e constatou que ele já estava morto e, além disso, de acordo com a corporação, morto havia pelo menos 12 horas.
Ao constatar a situação de “rigidez cadavérica”, a Guarda Municipal próxima ao banco foi chamada e ela acionou a Polícia Militar. A mulher foi conduzida à delegacia para registro da ocorrência.
O corpo do idoso foi enterrado no dia seguinte.
Segundo informou, nesta quinta-feira, 15, o diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo do Interior (Deinter 2), José Henrique Ventura, o laudo necroscópico apontou que o idoso, um escrivão aposentado e viúvo, já estava morto havia 12 horas quando foi levado à agência.
“Ela alega que era companheira dele há alguns anos, mas não tinha procuração para movimentar ou mexer na conta. Com o laudo, vamos instaurar inquérito por estelionato. Antes, era morte a esclarecer. Agora vamos tentar entender qual era a intenção dela, o que iria fazer com ele e o dinheiro”, explica Ventura.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirmou que “as diligências seguem para esclarecer os fatos”.
O Banco do Brasil informou em nota que “cumpriu todos os protocolos previstos no contrato de prestação de serviço com a fonte pagadora, o que inclui a exigência de procuração ou a presença do beneficiário na agência”.