A empresária Cátia Regina Raulino, de 35 anos, não conseguiu entregar os documentos que comprovassem sua suposta graduação no curso de Direito. Nesta terça-feira (13/10), o titular da 9ª Delegacia Territorial, Antônio Carlos Magalhães Santos, informou que já pediu a prisão dela. A decisão de expedir o mandado de prisão fica agora a cargo do Tribunal de Justiça da Bahia.
De acordo com a Polícia Civil, Cátia irá responder por prática ilegal da profissão de advogada, estelionato, plágio, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Cátia dizia ser doutora, mestra e bacharel em Direito, além de ministrar cursos da área tributária. Ela chegou a ser coordenadora do curso de Direito em uma faculdade particular de Salvador e acabou acusada por duas ex-alunas de plagiar de suas obras.
O delegado explicou nesta terça que deu prazos para que os documentos fossem entregues pela empresária, mas ela não conseguiu provar nenhuma de suas supostas qualificações. Cátia apresentou apenas um boleto em nome da Universidade Federal de Santa Catarina, que não prova que ela foi graduada na instituição. Além disso, o delegado informou que as acusações de plágio foram comprovadas pelas alunas.
Cátia começou a ser investigada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) no último dia 26 de junho, somando, na época, mais de 180 mil seguidores em seu perfil como advogada em uma rede social. Um de seus ex-alunos chegou a abrir uma ação cível no Juizado Especial do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), contra ela, pedindo uma indenização no valor de R$ 30 mil, por danos morais.