O Governo Federal exonerou o porta-voz da Presidência da República, general Otávio Santana do Rêgo Barros. A medida, divulgada na edição desta quarta-feira (7/10) do Diário Oficial da União (DOU), é assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto. Em agosto, o governo anunciou que o posto seria desativado com a criação do Ministério das Comunicações.
Antes de entrar para a equipe do presidente Jair Bolsonaro, Barros era o chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, cargo que ocupava desde 2014. Nessa função, ele foi um dos principais assessores do então comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, que também havia deixado o posto para integrar a equipe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a convite do presidente.
O presidente Bolsonaro (sem partido) escolheu Rêgo Barros para a função em janeiro de 2019. Desde então o general costumava falar diariamente com a imprensa no Palácio do Planalto, atualizando informações do governo e respondendo perguntas dos jornalistas, mas em 2020 o briefing diário foi suspenso, mesmo antes da pandemia da Covid-19.
Comunicativo, Barros é general de divisão do Exército e entrou para a reserva em julho do ano passado. Já foi assessor da extinta Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), onde participou da organização do livro Desafios Estratégicos para a Segurança e Defesa Cibernética. Atuou também na Cooperação Militar Brasileira no Paraguai e na missão de paz das Nações Unidas no Haiti, a Minustah.
Com sua facilidade para tratar com a imprensa, ele foi um dos principais responsáveis pela ampliação do uso das redes sociais para divulgar informações do Exército e pontos de vista do comandante. Rêgo Barros se formou na Academia Militar das Agulhas Negras em 1981.
