Adolescente de 14 anos que atirou contra amiga, disparou intencionalmente; conclui polícia

REGIÃO METROPOLITANA SEGURANÇA

As investigações sobre a morte de Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, morta com um tiro na cabeça efetuado pela melhor amiga em 12 de julho, foram encerradas na quarta-feira (2/9). A Polícia Civil do Mato Grosso, concluiu que adolescente apontada como responsavel pelo crime possuía a intenção de matar Isabele.

Ela vai responder por ato infracional análogo a homicídio doloso, quando há intenção de matar. A perícia foi fundamental para esclarecer os acontecimentos que envolveram a morte de Isabele. O delegado responsável pelo caso, Wagner Bassi,  notou diversas contradições no depoimento da suspeita, que, como treinava tiro com o pai, o empresário Marcelo Cestari, ela tinha conhecimento técnico para manusear uma arma.

“Segundo laudo, o estojo na verdade, estava em cima da cama e a menor teria ido com a arma carregada até a amiga. Era uma adolescente treinada, capacitada. Quando fazemos treinamento de tiro, antes de pegar na arma, aprendemos uma situação que chama segurança. Aprendemos a desmuniciar e olhar se a arma está carregada. Ela tinha capacitação de segurança”, explicou Bassi.

O namorado da atiradora, um adolescente de 16 anos, irá responder por ato infracional análogo a porte ilegal de arma de fogo. Ele levou as armas, incluindo a pistola Imbel 380 usada no disparo, à casa da família. Além disso, o garoto as mostrou para o sogro e deixou no local por medo de ser parado em uma blitz. O pai dele, Glauco Mesquita Correa da Costa, foi indiciado por omissão de cautela na guarda de arma de fogo. A pena é de um a dois anos de prisão e multas.

Já o pai da adolescente que efetuou o disparo, responderá por quatro crimes: homicídio culposo, quando não há intenção de matar, posse ilegal de arma de fogo, entregar arma para adolescente e fraude processual. As penas previstas para os crimes atribuídos ao pai da adolescente podem chegar a 11 anos de prisão e multas. Para os investigadores, Cestari agiu com imprudência e negligência ao permitir que a filha pegasse a arma, já que é atirador esportivo e recebeu capacitação técnica para praticar tiro.

As ligações feitas para O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foram relevante para a investigação. Marcelo Cestari alegava que Isabele havia sofrido uma queda no banheiro e batido a cabeça, omitindo o disparo de arma de fogo.  “O disparo foi muito claro, vimos no áudio do Samu que ele disse que não foi tiro. Achamos que isso atrapalhou e entendemos que pode caracterizar fraude processual”, explicou o delegado.

adm

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