‘Eu não matei e nem mandei matar’, diz Flordelis em entrevista ao SBT; assista

REGIÃO METROPOLITANA SEGURANÇA

Em entrevista a Roberto Cabrini, a primeira desde que foi indiciada pelo assassinato do pastor Anderson do Carmo, a deputada federal Flordelis negou participação no crime e disse que terá sua inocência provada.

“Eu não matei, eu não fiz isso que estão me acusando. Eu não fiz. Não é real, não é verdade. É uma injustiça”, declarou a parlamentar.

Roberto Cabrini também ressalta que, com o andamento do inquérito, Flordelis só não foi presa devido ao mandato na Câmara dos Deputados, o que lhe concede imunidade parlamentar, e questiona: “A senhora tem consciência que deve perder a sua imunidade parlamentar, e isso significa que a senhora pode ser presa. A senhora está preparada para ser presa?”

“Não, e eu não vou ser. Porque eu sou inocente e eu tenho certeza que a minha inocência será provada nos próximos dias”, ela respondeu. Na última terça-feira (25/8), um dia após ser apontada pelos investigadores como mandante do assassinato de Anderson, a parlamentar foi suspensa do PSD, partido pelo qual foi eleita deputada.

O jornalista também comenta sobre a entrevista que a pastora concedeu poucas horas após o assassinato do marido, na qual culpou a violência urbana pelo crime, e até levantou a possibilidade de latrocínio.

Flordelis justificou que, no momento, estava sob o efeito de sedativos. “Cabrini, eu só lembro de algumas coisas. Eu achava que teria sido roubo. [Para a polícia a senhora estava sendo falsa] Cabrini, eu estava sedada. Muita coisa fugiu da minha mente por causa da sedação”.

Questionada sobre as mensagens de texto, indicadas no inquérito policial como prova de que ela havia arquitetado o crime, a deputada negou tê-las escrito e enviado aos filhos, e disse que todos os moradores da cada tinham acesso ao celular dela.

“Isso não existe. Se eu quisesse me separar, eu me separaria. Eu jamais chamaria meu marido de ‘traste’. Essa mensagem não foi escrita por mim. [Quem mandou, então, se não foi a senhora? Se é o seu celular] Eu quero que a Justiça descubra. Porque o meu celular, Cabrini, é um celular tipo celular comunitário, todo mundo tem acesso ao meu celular”, alegou a pastora.

De acordo com o relatório final da investigação, em 13 de outubro de 2018, Flordelis enviou uma mensagem ao filho André, dizendo: “Até quando vamos ter que suportar esse traste no nosso meio? Falta pouco, cara, me ajuda. Por amor a mim”.

O inquérito também aponta trocas de mensagens em que a parlamentar pedia para a filha Marzy instruir o filho Lucas a cometer o crime. “Simula um assalto. Aproveita que ele foi pro Rio e espera ele na volta”, sugere a deputada.

Roberto Cabrini também teve acesso à casa da família, local onde a pastora vive com boa parte dos 55 filhos e que se torno pano de fundo para uma investigação policial. Em uma espécie de reconstituição do crime, Flordelis contou detalhes sobre o dia em que o assassinato do marido.

“Eu não vi. Quando eu desci, meu filho já tinha informado que tinham saído com o carro para leva-lo para o hospital. [Não seria normal que a senhora se aproximasse do corpo?] Eu estava muito distante. Até eu chegar, aquele grito todo, aquela gritaria toda, no terceiro andar, aquele alvoroço todo, até a minha chegada, foi o momento em que eles já tinham socorrido o meu marido”, a deputada justifica ao ser indagada por não ter ajudado no socorro ao marido, que havia sido baleado por 30 tiros.

VEJA A ENTREVISTA:

 

adm

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