“Chegou a fugir”, diz namorada de jovem que enviou áudio antes de morrer em hospital

REGIÃO METROPOLITANA SAÚDE

A namorada do jovem Leandro Santos Azevedo, de 19 anos, disse que ele chegou a fugir da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) localizada na Avenida San Martin, em Salvador, com medo.

A declaração de Talita Fernandes foi dada ao jornalista do Aratu On, Jean Mendes, durante live transmitida por meio do Instagram nesta quinta-feira (2/7). Azevedo foi vítima do coronavírus em Salvador e disse à família, por meio de um áudio enviado pelo aplicativo WhatsApp, que profissionais do Hospital de Campanha do Wet’n Wild iriam desligar seus aparelhos.

“No domingo [28/6] levei ele para a UPA da San Martin e ele fugiu do hospital e veio parar em casa. Conversei com ele no domingo. Ele [Leandro] me falou que eles [enfermeiros] iriam matá-lo. Levei ele na cadeira de rodas, que não queria entrar sozinho. Fizeram o teste e disseram que ele estava com o Covid-19”, contou Talita durante a entrevista.

Depois de fugir da UPA, o jovem foi levado para o Hospital de Campanha na segunda-feira (30/6). Na madrugada do dia seguinte disse, pelo WhatsApp, que os médicos iriam desligar os aparelhos que o mantinham vivo.

“Peço que coloque essa médica [que atestou o óbito] para ser averiguada. Quem foi o responsável pela documentação fui eu, por qual motivo ela não me deu uma solução? Ele não ia mentir. Quem vê a conversa dele tem certeza que é de uma pessoa desesperada. Talvez se a mãe e a namorada dele fossem [ao hospital no momento do áudio] tinham salvado a vida dele”, relatou o tio, Marcos Azevedo.

A Secretaria Municipal da Saúde, por sua vez, diz que a empresa Associação Saúde em Movimento (ASM), gestora do Hospital de Campanha do Wet’n Wild, informou não haver erro/negligência médica no atendimento ao paciente.

VEJA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA 

adm

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