A cena chamou atenção e ganhou destaques nas redes sociais na noite desta última quinta-feira (11/6). A cor do céu na colaração roxa no pôr do sol registrada em diversas cidades baianas gerou um misto de contemplação e inquietação.
Algumas pessoas mais assustadas afirmaram categoricamente, inclusive, que o fenômeno era um “presságio para o fim do mundo”. O diretor de Difusão Científica do Planetário do Museu Parque do Saber em Feira de Santana, Basílio Fernandes, tratou de tranquilizar os mais “exaltados”.
“Dois efeitos de espalhamento de Rayleigh e espelhamento Mie Foram os responsáveis por ocasionar o fenômeno da coloração vista na atmosfera. As nuvens fizeram uma composição a mais. Com o céu mais limpo, os aerosóis de poeira em suspensão provocam um maior espalhamento no vermelho em menor quantidade. Teve uma menor contribuição do vermelho. O efeito da luz azul com a vermelha deu a coloração violeta ou rósea”, ressalta.
“Muitas vezes, as pessoas causam um estardalhaço, um alarde muito grande dizendo que é o fim do mundo. Não é isso. Tem que ter cuidado com o que fala”. O especialista, porém, não descarta que a poluição atmosférica pode ter potencializado o fenômeno. Segundo ele, apenas um estudo mais complexo poderia confirmar tal situação. “Seria leviano dizer que é por conta da poluição”, concluiu.
