O mistério envolvendo o sumiço do corpo da doméstica Arlete Santos dos Reis, de 44 anos, que morreu na última segunda-feira (1/6) vítima da Covid-19, chegou ao fim. Segundo a direção do Hospital Espanhol, onde a vítima estava internada, houve uma troca dentro da unidade, que é referência no tratamento contra a doença em Salvador, e ela foi enterrada por outra família. A exumação foi autorizada nesta quarta-feira (3/6).
A situação foi mostrada pelo Aratu On na terça-feira (2/6). De acordo com o marido de Arlete, Reginaldo César, a autorização para o enterro e a certidão de óbito foi expedida, mas a família levou um susto ao não encontrar o corpo. “Como é que não sabe quem enterrou? Como não sabe onde está? Isso é absurdo, é um mistério, e precisam resolver”, desabafou ele antes de toda a confusão ser esclarecida pela direção do Hospital Espanhol.
A própria assessoria do HE admitiu o erro. De acordo com o hospital, o corpo da doméstica estava identificado, erroneamente, com duas etiquetas: uma com seu nome e outra com o de uma mulher de aspectos físicos semelhantes e de prenome Rosângela. Esse corpo foi reconhecido, também de forma errada, pelo irmão desta segunda pessoa, sem observar a presença de duas identificações.
O corpo de Arlete foi sepultado pela família de Rosângela, em Portão, no município de Lauro de Freitas, e a confusão só foi esclarecida após familiares da doméstica constatarem que o hospital não tinha o seu corpo, mas o da outra mulher. A certidão de óbito de Arlete está em mãos de Reginaldo, mas ele aguarda que a exumação seja feita para acabar com o drama. O Hospital Espanhol se comprometeu a arcar com as despesas dos serviços.