Antes mesmo de se encontrarem para os debates eleitorais de segundo turno na disputa pela Prefeitura de São Paulo, as campanhas de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSol) já trocam ataques mútuos apenas para definir a organização desses eventos. Na manhã desta terça-feira (8), ambas as equipes de campanha divulgaram notas com acusações aos adversários. A informação é de uma matéria do Metrópoles.
A divergência está no número de debates que cada candidato deseja. Ao todo, 12 veículos organizam os encontros. A campanha de Nunes considera o número inviável e quer reduzir o total de debates a três, de forma que os diferentes veículos de comunicação precisariam se consorciar para realizá-los. A campanha de Boulos também acha 12 um número alto demais, considerando que eles teriam de ocorrer em um intervalo de 15 dias, mas admite a realização de nove.
“Desde ontem, 8 dos 12 veículos que fizeram o pedido de realização de debates têm conversado sobre a formação de um pool”, disse a campanha de Nunes, em uma nota divulgada à imprensa no fim da manhã. “O pedido de três eventos está no limite máximo histórico de debates realizados em segundo turno na história da cidade de São Paulo. Nunca houve mais do que isso”, complementou.
O Metrópoles aponta que referindo-se a Boulos sem citar seu nome, a nota da equipe de Nunes lembrou que, nas eleições passadas, o deputado disse que era “impossível atender às solicitações de sabatinas, entrevistas individuais, demandas de mídia e às ações diárias do período eleitoral”.
“Esperamos que Guilherme Boulos — que já disse sobre Venezuela, legalização de drogas e desmilitarização das polícias — não mude de opinião também sobre esse assunto”, finalizou a nota, com um ataque à campanha rival.