Para quem não tem tempo durante a semana e quer manter o corpo saudável, uma pesquisa divulgada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que praticar atividade física somente no fim de semana pode oferecer benefícios na redução da mortalidade a longo prazo, comparáveis aos obtidos com exercícios realizados regularmente durante a semana.
O estudo apontou que não há diferença significativa nas taxas de mortalidade entre esses dois grupos. Segundo os autores, o resultado desmistifica a ideia de que o exercício deve ser feito todos os dias para ser benéfico e pode incentivar as pessoas a adotar hábitos saudáveis de acordo com suas disponibilidades.
Embora já esteja claro que a prática regular de exercícios reduz o risco cardiovascular e a mortalidade geral, a relação entre a frequência semanal dessas atividades e os desfechos a longo prazo ainda precisava de investigação detalhada.
A PESQUISA
Para preencher essa lacuna, pesquisadores analisaram dados de saúde de mais de 350 mil adultos nos Estados Unidos, coletados entre 1997 e 2013. Esses dados foram cruzados com registros de mortalidade, permitindo uma análise aprofundada dos efeitos das rotinas de exercícios físicos sobre a longevidade.
Para facilitar a coleta de dados, o grupo dos ativos foi subdividido em dois perfis distintos: os “guerreiros de fim de semana”, que concentravam toda a atividade física em um ou dois dias da semana, e os regularmente ativos, que se exercitavam cinco ou mais vezes por semana.
RESULTADOS
Ao final do período de estudo, os resultados indicaram que não houve diferença significativa na mortalidade cardiovascular e na mortalidade por todas as causas entre os dois subgrupos de ativos, desde que o volume semanal de atividade física fosse equivalente. Este achado sugere que, para a mortalidade, o total de exercícios praticados ao longo da semana pode ser mais importante do que a frequência com que são realizados.