Mortes por Febre Oropouche na Bahia são as primeiras do mundo

REGIÃO METROPOLITANA SAÚDE

As duas mortes por febre oropouche ocorridas na Bahia nos últimos meses são as primeiras do mundo. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (25) pelo Ministério da Saúde.

Mortes por febre oropouche na Bahia são as primeiras do mundo. Foto: Reprodução / Canva Pro
Em nota, o órgão detalhou que, até então, não havia relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de óbitos provocados pela doença.

Além dos casos baianos, há ainda uma morte em Santa Catarina que está em investigação no Brasil. Uma outra ocorrida em Maranhão foi descartada.

Casos de Febre Oropouche na Bahia
Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), a primeira morte pela doença registrada no estado é de uma jovem de 24 anos que morava em Valença, no extremo sul baiano.

O óbito aconteceu no dia 27 de março e teve a confirmação da Câmara Técnica de Análise de Óbitos da Diretoria de Vigilância Epidemiológica divulgada no dia 17 de junho.

A outra morte é de uma jovem de 21 anos, que morava em Camamu, na mesma região do estado. A paciente morreu no dia 10 de maio e teve o caso divulgado no dia 22 de julho.

As duas jovens tiveram sintomas iniciais como: febre, cefaleia, dor retroorbital, mialgia, náuseas, vômitos, diarreia, dores em membros inferiores, astenia.

O que é a Febre Oropouche

Conforme detalhou o Ministério da Saúde, a Febre do Oropouche é uma doença viral transmitida no ambiente urbano pelo culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.

A transmissão da doença é feita principalmente por “mosquito” conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Até o momento, não há registros de transmissão direta entre pessoas.

Estão em investigação 6 casos de transmissão vertical (de mãe para filho) da infecção. São 3 casos em Pernambuco, 1 na Bahia e 2 no Acre.

Ao todo, 2 casos evoluíram para óbito fetal, houve 1 aborto espontâneo e 3 casos apresentaram anomalias congênitas, como a microcefalia.

As análises estão sendo feitas pelas secretarias estaduais de saúde e especialistas, com o acompanhamento do Ministério da Saúde, para concluir se há relação entre a Febre Oropouche e casos de malformação ou abortamento.

Segundo pontuou o Ministério da Saúde, estão em andamento três grupos de pesquisa. Um deles, com foco em informações laboratoriais, tais como a linhagem do vírus e características genômicas.

Outro acompanha as manifestações clínicas dos pacientes e o terceiro grupo investiga qual o ciclo da doença nos mosquitos transmissores.

adm

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