Bienal do Livro Bahia 2024 chega ao fim com público recorde de mais de 100 mil visitantes

LITERATURA

A Bienal do Livro Bahia chegou ao fim nesta quarta-feira, 1º de maio, depois de seis dias de programação, no Centro de Convenções Salvador, e registrou público recorde de mais de 100 mil visitantes, superando os 90 mil alcançados na edição anterior. A GL events Exhibitions, empresa responsável pela organização do evento, estima que mais de 800 mil livros foram vendidos e já confirmou a realização da próxima edição da Bienal, em 2026.

“Os baianos receberam a Bienal de braços abertos e, sem dúvida nenhuma, já é a maior edição de todos os tempos. Isso tudo reforça o tamanho e a importância da Bienal como o maior e principal evento de literatura e cultura do Nordeste. Brevemente, a gente lança a próxima edição para 2026, com expectativa de mais uma vez superar esses números”, disse a diretora geral da Bienal do Livro Bahia, Tatiana Zaccaro.

A Bienal do Livro Bahia 2024 foi apresentada pelo Governo do Estado da Bahia e apoiada pela Prefeitura Municipal de Salvador. Ela contou, ainda, com os patrocínios do Itaú, da BIC e da Bahiagás, os apoios do Salvador Shopping e da Rede Bahia, além do apoio institucional do Sindicato dos Editores de Livros (Snel).

Jerônimo Rodrigues, Governador da Bahia, em visita à Bienal, declarou que “o livro tem o potencial de fazer as pessoas viajarem, sonharem, elaborarem. Avançamos bastante, mas a participação dos brasileiros e dos baianos, no que diz respeito à quantidade de livros lidos durante o ano, ainda é relativamente baixa. Nós temos que sair da casa de quatro livros no ano para chegar em, pelo menos, um livro por mês. A gente quer que as pessoas tenham interesse pela leitura porque quando incentivamos isso, a gente estimula também a escrita”.

Já Bruno Reis, Prefeito de Salvador, lembrou, na cerimônia de abertura, que a Bienal retomou sua periodicidade habitual com a edição 2022 e o esforço valeu a pena. “Salvador foi, nos dias de Bienal, o palco principal do Brasil para escritores e leitores. É importante para estimular na garotada o hábito da leitura, para que tenham uma formação intelectual. Itamar é um exemplo de estímulo e estamos aqui para que a Bahia possa continuar sendo um berço da cultura brasileira, estimulando a chegada de novos talentos. É com muito orgulho que a prefeitura apoia esse evento”, discursou.

Neste ano, todos os espaços da Bienal do Livro Bahia – Café Literário, Arena Jovem e Espaço Infantil Janelas Encantadas – foram ampliados e mais pessoas puderam aproveitar as atividades e de forma mais confortável. O evento ainda recebeu milhares de estudantes das redes públicas municipal e estadual de ensino. Ônibus e vans de turismo ocuparam o estacionamento do Centro de Convenções Salvador trazendo professores e alunos de diversos bairros da capital e de cidades como Candeias, Cipó, Retirolândia, Camaçari, Vitória da Conquista e outras.

Outra novidade foi a presença de quatro das maiores editoras do país, que fizeram suas estreias no evento: Companhia das Letras, Rocco, HarperCollins Brasil e Globo Livros. Elas se juntam a outras empresas do segmento literário, como a Cortez, a Mostarda e a Malê, que retornam à Bienal após a ótima repercussão e o sucesso de vendas alcançados na edição anterior. A chegada dessas quatro grandes marcas posicionou a Bienal Bahia como um evento literário nacional, e não mais regional. Tal chancela do mercado teve origem na demanda do próprio público baiano, já que o comparecimento das citadas editoras veio em resposta aos inúmeros pedidos dos leitores.

“A gente vai estar presente aqui na próxima edição e quem sabe com uma participação ainda maior. Os números dessa edição foram positivos, os nossos livros têm sido bem expostos e a garotada está comprando muito livro. Nossos autores estão adorando a experiência e estão sendo muito bem recebidos. Então, isso é sinal de sucesso e de que a gente tem que continuar”, ponderou Max Santos, da Cia das Letras, durante o quarto dia da Bienal do Livro Bahia.

Responsável pelo estande da Escariz Livraria, Felipe Santos revelou que no terceiro dia de Bienal o estande já tinha batido a meta de vendas. No quarto dia, foram mais de 6.400 livros vendidos. A obra best seller durante o evento baiano foi “A biblioteca da meia noite”, de Matt Haig, seguida de “Café com Deus pai”, de Junior Rostirola e de “Torto Arado”, do baiano Itamar Vieira Júnior, vencedor do Prêmio Jabuti e do Prêmio Oceanos e um dos convidados do primeiro dia do Café Literário.

As amigas Sophia Gomes, 14, e Fátima Silva, 13, se conheceram lendo gibis da Turma da Mônica, há quatro anos, e visitaram o evento acompanhadas de Micheline Silva, mãe de Fátima. Sophia completou a coleção de livros da poeta norte-americana Amanda Lovelace, levando os dois únicos que ainda não tinha, e Fátima adquiriu a série ‘Os últimos jovens da Terra’, de Max Brallier. “O legal daqui é que não só dá para comprar livros, mas também vira um ponto de encontro para falar sobre eles. A programação tá muito legal e aqui a gente ainda pode lanchar de olho no mar”, comenta Micheline, que marcou presença no evento em dois dias.

A Bienal do Livro Bahia contou com mais de 170 autores, personalidades e artistas, oferecendo mais de 100 horas de atividades e 200 marcas expositoras. Entre os convidados, autores internacionais, como Abdi Nazemian e Scholastique Mukasonga, e alguns dos principais expoentes da literatura brasileira contemporânea, como Itamar Vieira Jr, Glicéria Tupinambá, Pedro Rhuas, Paula Pimenta, Raphael Montes, Socorro Acioli, Thalita Rebouças, Jeferson Tenório, Nath Finanças, Rodrigo França, Elayne Baeta, Kaká Werá, Emília Nuñes, Christian Dunker e Rita Batista; além de celebridades como Daniela Mercury, Tiganá Santana e Zélia Duncan.

adm

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