Em entrevista ao C N, nesta quinta-feira (17), o deputado estadual Emerson Penalva (PDT) criticou o posicionamento do governador Jerônimo Rodrigues (PT) sobre a implantação do VLT do subúrbio.
“Essa questão do VLT é um absurdo. É inacreditável que o governador Jerônimo, o governador do PT, não tenha observado desde a época que eu era vereador; tantas audiências públicas, tantas mobilizações foram feitas pelos vereadores da Casa (Câmara Municipal de Salvador), pelos representantes do subúrbio e pelos lídres comunitários junto com a população, onde foi alertado que este modal era retrógrado e atrasado”, declarou o pedetista.
Após a batida de martelo sobre a rescisão do contrato com a empresa Skyrail, responsável pelas obras de implantação do VLT do Subúrbio, o governador Jerônimo Rodrigues revelou nesta quinta-feira (17) que uma nova abertura de licitação para contratar outro empreendimento está prevista para ser publicada nos próximos dias, entre o fim deste mês e início de setembro.
Durante discurso, o petista enfatizou que o encarecimento do contrato foi uma das razões para o encerramento da parceria com o primeiro empreendimento, vinculado a BYD. No entanto, Penalva aponta que não ‘faltou aviso’, e cobra medidas de reparação para os moradores do subúrbio ferroviário.
“Quem mais perde com isso é a população do subúrbio, que tem todo esse tempo sem um modal, e fora o investimento dos recursos públicos que foram feitos nesse modal. Temos que comemorar porque foi rescindido um contrato que a gente sabia e avisou há muito tempo que não era o melhor nem mais moderno para atender à população do subúrbio. O governador Jerônimo precisa urgentemente fazer uma reparação com a população do subúrbio, que tanto vem sofrendo com a falta transporte público decente”, acrescenta o deputado.
Como medida de reparação do tempo em que os trens estão desativados sem a implantação de um novo modal, o deputado sugere desconto e isenção na passagem de ônibus e metrô para os moradores dos bairros que compõem o Subúrbio Ferroviário.
“Acho, inclusive, que toda a população do subúrbio deveria ter 50% de desconto nas suas passagens e isso ser um subsídio custeado pelo governo do Estado para reparar o sofrimento que este povo tem. É o mínimo que tem que fazer. Olhe lá se não for gratuito por um bom período, e ele [Jerônimo] subsidiar esse custo para os trabalhadores do subúrbio, que tinham o trem com o custo bem mais barato. Ficaram sem o trem por conta do monotrilho, aí teve um custo maior, fora trânsito e tráfego, e agora rescinde (o contrato). Quando é que vai se ter um modal que sirva para atender àquela população?”, questiona Penalva.