No dia 10 de março, o Caminho do Sínodo Alemão aprovou oficialmente a bênção das uniões homossexuais. A medida foi aprovada por 49 dos 58 bispos que participaram do Sínodo, com apenas nove votando contra e 11 se abstendo.
O texto aprovado pede aos bispos alemães que oficializem em suas dioceses as celebrações da bênção dos que se amam, mas aos quais o matrimônio sacramental não chega. Isso também se aplica a uniões do mesmo sexo com base em uma reavaliação da homossexualidade como uma variante normal da sexualidade humana.
Para os bispos alemães, a proibição publicada pelo dicastério para a Doutrina da Fé é implacável e até discriminatória. A medida representa uma mudança significativa em relação à postura tradicional da Igreja em relação aos relacionamentos homossexuais.
A decisão foi tomada em uma assembleia de bispos alemães em Frankfurt, apesar da forte oposição do Vaticano. O Caminho Sinodal é um processo de discussões entre bispos e a poderosa organização oficial de leigos mantida pelos impostos do país que começou em dezembro de 2019. As discussões tratam de exercício do “poder” na Igreja, moral sexual, o sacerdócio e o papel das mulheres na Igreja.
A Igreja reconhece a importância da diversidade sexual e não pode excluir pessoas LGBT+ da vida da Igreja. A decisão da Igreja Católica na Alemanha pode ser vista como um passo importante na luta pela igualdade de direitos e inclusão. No entanto, a medida tem gerado controvérsias dentro da Igreja, com alguns membros criticando a decisão como uma violação dos ensinamentos católicos.
A Igreja Católica é uma das últimas grandes instituições religiosas a reconsiderar sua postura em relação à comunidade LGBT+. A aprovação da bênção para uniões homossexuais na Alemanha pode ser vista como um sinal de mudança em relação à inclusão da comunidade LGBT+ na Igreja.