O secretário de Mobilidade de Salvador, Fabrizzio Muller, disse, nesta terça-feira (14), que, apesar do convênio prever, o governo do estado não repassa para o Município os valores arrecadados com as multas da Lei de Seca.
“A blitz da Lei Seca é multa de competência estadual . Nós fazemos a partir de um convênio com o estado. (…) O convênio prevê um repasse que nunca foi feito. Justamente para cobrir os custos da operação. Esse repasse nunca foi feito”, relatou, em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metropole.
Muller afirmou ainda que a gestão municipal não faz questão do repasse. “É melhor que a gente não receba porque isso que dá legitimidade para que a gente possa fazer blitz”, salientou.
O secretário ressaltou que, apesar das críticas de que a prefeitura instituiu uma “indústria da multa” na cidade, os índices de acidentes de trânsito tiveram queda drástica na capital baiana. “Salvador era a capital com um dos maiores índices de mortes do trânsito por país. Estávamos entre as últimas posições. Desde 2018, é a capital com o menor índice de mortes por 100 mil habitantes do país. Salvador virou referência em várias publicações internacinais”, declarou.