Foi nomeado para ocupar o cargo de secretário de Sustentabilidade, Desenvolvimento Territorial e Infraestrutura em Turismo, do Ministério do Turismo no governo do presidente Luiz Inácio da Silva (PT). Sobral trata-se de um quadro político que passou os últimos anos ao lado de adversários e algozes dos petistas, assessorando Eduardo Cunha (MDB-RJ) e atuando em diversos gabinetes no governo Jair Bolsonaro (PL).
A pasta é comandada por Daniela Carneiro (União Brasil), que provocou desgaste no governo durante os primeiros dias da nova gestão por sua ligação política com milicianos, segundo informações da Folha de São Paulo, que informou ainda que a nomeação foi assinada pelo titular da Casa Civil, o petista Rui Costa. Rui teria sido procurado, mas não explicou a indicação.
Procurado, Carlos Henrique Menezes Sobral não se pronunciou. O Ministério do Turismo também não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre os critérios que levaram à escolha do novo secretário.
Carlos Henrique Menezes Sobral é apontado como um quadro do MDB, que foi apadrinhado pelo ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima. Também foi assessor especial do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha desde os tempos de liderança do partido na Casa.
Cunha tornou-se o principal desafeto de Dilma Rousseff, ao levar adiante o processo de impeachment contra a ex-presidente. Nesse início de governo, Dilma vem sendo ovacionada nas cerimônias de posse de ministros e eventos no Palácio do Planalto. Lula e demais petistas tratam sua deposição como um golpe.
O agora secretário do Ministério do Turismo também passou os últimos quatro anos em diversos cargos de relevo da gestão Bolsonaro, chegando a ser cotado para se tornar ministro. Permaneceu no cargo até o apagar das luzes do governo Bolsonaro, tendo a sua exoneração publicada no dia 30 de dezembro de 2022.