Outubro Rosa: alimentação ajuda a prevenir o câncer, se ligue

REGIÃO METROPOLITANA SAÚDE

O câncer de mama é a principal causa de morte por câncer em mulheres brasileiras. É um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. E o que é mais grave: a incidência do câncer de mama vem crescendo de forma assustadora nos dias atuais e acometendo pessoas cada vez mais jovens. “O diagnóstico precoce é muito importante e pode salvar muitas vidas, mas devemos lembrar que essa paciente, mesmo com grandes chances de cura, poderá passar por cirurgias (sofrendo mutilações), quimioterapia e/ou radioterapia e seus efeitos colaterais, além do trauma de ter na sua história de vida um diagnóstico tão devastador”, alerta o neurologista Italo Almeida.

Foto: Tatiany Carvalho
Foto: Tatiany Carvalho

Respaldado em inúmeros trabalhos científicos que comprovam que alimentação e hábitos de vida saudáveis podem reduzir imensamente o risco de vir a ter um câncer, o diretor médico da clínica Neuro Integrada alerta para a importância de trabalhar a favor do nível de prevenção ideal. “É a chamada prevenção primordial por alguns autores. Ao invés de apenas trabalhar em prol da detecção precoce, onde a paciente já tem a doença e todas as suas possíveis complicações”, defende.  

Dados da Organização Mundial de Saúde mostram que, desde o ano passado, o câncer de mama é o tipo mais comum em todo o mundo. No Brasil, a estimativa é de, aproximadamente, 44 casos para cada grupo de mil mulheres. O mais alarmante é o aumento da incidência em mulheres jovens. Estatísticas recentes da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) revelam que, nos últimos dois anos, a incidência de câncer de mama em mulheres com menos de 35 anos está entre 4% e 5%. Antes, apenas 2% dos casos eram observados nesta faixa etária.

As causas são multifatoriais e incluem predisposição genética e estilo de vida da mulher moderna. Os principais fatores de risco, de acordo com o especialista Italo Almeida, vão muito além da genética (que aumenta o risco em 20%) e incluem ingestão excessiva de leite de vaca (boa parte do rebanho mundial tem o vírus da leucemia bovina que é fator de risco), excesso de açúcar (doces, biscoitos, bebidas açucaradas…), excesso de produtos químicos cancerígenos, tabagismo, sedentarismo, baixa ingestão de vegetais e déficit de vitamina D, o principal regulador do sistema imunológico,

A atividade física regular, no mínimo três vezes por semana, é fator importante de prevenção. Os alimentos também podem ajudar – e muito – na redução dos fatores provocadores, principalmente os alimentos ricos em ômega 3 e vegetais. Alguns deles, como o brócolis, assim como outros da família das crucíferas (couve, rúcula, agrião, couve de bruxelas, couve-flor), podem ser chamados de alimentos quimiopreventivos. “São vegetais ricos em glucosinolatos, sulforafanos, em Indol 3 Carbinol, fitonutrientes que agem como antioxidantes, anti-inflamatórios e antineoplásicos”, explica o médico que há 18 anos pauta sua atuação na Medicina Integrativa, com ênfase no poder de cura dos alimentos.  

Atenção maior com o que come e também com os alimentos que devem ser evitados, especialmente por pessoas que já têm predisposição genética. “Pessoas com risco familiar, devem evitar o consumo de laticínios, principalmente da vaca. Entendam que laticínios incluem, leite, queijo, manteiga, chocolate, sorvete, bolos, empada, salgadinhos… Ou seja, alimentos consumidos com enorme frequência e em grande quantidade”, alerta.    

Pacientes acompanhados pela Neuro Integrada são despertados – a cada consulta – para uma nova visão da saúde, focada em praticar hábitos saudáveis que reduzem o risco de desenvolver doenças. “O ritmo de vida corrido e a forma como se propagam algumas informações são os principais inimigos desse nível eficaz de prevenção. Primeiro porque fazem desacreditar que a prevenção reduz em 60 a 80% este risco, independente da genética e, pior ainda, desqualificam o papel da alimentação e o valor de suplementos como o magnésio e a vitamina D, que ajudam imensamente na prevenção. Todos podem aprender e disseminar essa cultura de bem-estar”, convida Almeida. 

adm

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