Tão importante como o que se come é quando se faz as refeições. Várias pesquisas nos últimos anos têm mostrado que existe uma relação entre o momento do dia em que consome mais alimentos e a saúde. Existem benefícios no jejum, mas o melhor é entender o que está fazendo, já que jantar tarde não é algo positivo, segundo alguns dos mais recentes estudos.
Steve Hendricks é o autor do livro ‘The Oldest Cure in the World: Adventures in the Art and Science of Fasting’, que fala sobre alguns dos mais recentes estudos sobre o jejum intermitente. Acredita que pular o café da manhã pode ser um erro. Será muito mais benéfico não comer à noite, do que comer muito tarde, antes de ir dormir.
“Os investigadores estão descobrindo cada vez mais que, se fizermos da refeição da noite a maior do dia, como muitos de nós fazemos, estamos a colocar-nos no caminho de doenças e talvez até da morte precoce”, explica ao portal Salon.
Para confirmar estas afirmações, Steve Hendricks baseia-se em alguns estudos. É o caso de um de Israel que juntou dois grupos de pessoas. Por um lado, havia os que comiam 700 calorias ao café da manhã, 500 ao almoço e 200 ao jantar. Por outro lado, os que ingeriam as mesmas calorias, mas de forma inversa.
Ao fim de três meses, o primeiro grupo mostrou-se com menos peso, com melhor pressão arterial e colesterol mais equilibrado.
Outra pesquisa do National Institute on Aging, em Bethesda, nos Estados Unidos, também comprovou a teoria. Vários voluntários foram convidados apenas a comer entre as 17 e as 21 horas durante oito semanas. Acabaram com pior saúde, com níveis de colesterol elevados, por exemplo.
“Uma das razões pelas quais as pessoas ficam melhores quando consomem mais calorias pela manhã é porque os ritmos moldam-se para processar os alimentos com mais eficiência no início do dia”, continua Steve Hendricks.