Em entrevista ao Jornal Folha de S.Paulo, publicada nesta quarta-feira (13), familiares do policial penal Jorge Guaranho negam que a morte do petista, Marcelo de Arruda, durante seu aniversário de 50 anos, em Foz do Iguaçu, tenha sido por motivações políticas.
Irmão de Guaranho, John Lenon Araújo diz que o policial foi até o clube social da Aresf (Associação Recreativa e Esportiva da Segurança Física), onde acontecia a festa, para fazer uma ronda. Ele era associado ao clube e, segundo o irmão, essa era uma rotina.
“Eu tenho certeza que ele estava ali defendendo a família dele, foi somente isso. Não teve nada a mais do que isso. Meu irmão não estava nem aí que o cara era Lula, aniversário era do Lula, tema do Lula.[…] Pra gente isso é indiferente, tenho certeza que para o meu irmão também. O cara é que, quando ouviu uma música do Bolsonaro, infelizmente, perdeu a linha”, disse Araújo.
Ele afirmou que o irmão era apoiador de Bolsonaro, mas não fanático, e que jamais foi a alguma passeata ou participou de partido e que só fez algumas postagens a favor do presidente.
“Ele não estava nem aí se o cara era PT ou não. Tem vários amigos nossos que são da esquerda, que frequentam a minha casa, frequentam a casa dele, nunca tivemos problemas com isso.[…] A gente sempre teve esse relacionamento de diversidade. Eu sou flamenguista, meu irmão é vascaíno. Eu sou evangélico, meu irmão é católico, a gente conversava sobre esses assuntos, nunca discutimos por causa disso”, disse.
Ainda em contato com a Folha, a mãe de Jorge, Dalvalice Rosa, revelou que está vivendo “um pesadelo” desde sábado, dia em que houve a troca de tiros.