A briga por uma cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) promete ser acirrada entre deputados governistas e oposicionistas na eleição deste ano.
Com o desembarque do PP no grupo liderado pelo ex-prefeito ACM Neto
(UNIÃO), atualmente há um equilíbrio de forças na Casa, e a tendência é mantê-la, na avaliação dos parlamentares ouvidos pelo Jornal da Metropole.
Na composição hoje, a base petista tem 34 cadeiras, já a oposição soma 28. O deputado psolista Hilton Coelho se posiciona como independente.
A minoria acredita que o governo é favorito para eleger o maior número de parlamentares neste ano, por força da máquina pública. A ala oposicionista estima conquistar 29 assentos, mas, se ACM Neto vencer o governo da Bahia, a expectativa é que alguns governistas migrem de lado após a eleição.
Os governistas fazem leitura política semelhante. Eles não veem possibilidade de se repetir o passeio que ocorreu em 2018. Naquele ano, o governador Rui Costa (PT) foi reeleito com 75% dos votos válidos, e fez uma bancada de 43 parlamentares.
Como a tendência é ser uma eleição mais concorrida entre ACM Neto e o pré-candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, o entendimento governista é de que deve haver paridade no número de cadeiras conquistadas no Legislativo, com a expectativa de o vencedor obter dois ou três assentos a mais.
Renovação
Seis deputados estaduais decidiram não disputar a reeleição neste ano, já cinco vão tentar escalar uma cadeira na Câmara federal, em Brasília.
Por causa disso, a Assembleia Legislativa já terá, no mínimo, 17% de renovação neste ano. Há quatro anos, 24 novatos entraram na Casa, o que resultou na mudança de 38% na composição.
Por questão de saúde, Alex Lima (PSB) e Tom Araújo (UNIÃO) não vão tentar a recondução. Aderbal Caldas e Luiz Augusto, ambos do PP, decidiram apoiar um novo nome para a Casa, Felipe Duarte.
Rogério Andrade Filho (PSD) vai abrir espaço para seu pai ser candidato, o ex-prefeito de Santo Antonio de Jesus, Rogério Andrade. Jurandy Oliveira (PSB) desistiu da reeleição para apoiar o filho Marcelo Oliveira. Já os deputados que resolveram tentar galgar um cargo federal são: Capitão Alden (PL), Dal (PP), Diego Coronel (PSD), Leo Prates (PDT) e Talita Oliveira (Republicanos).