#MetaAColher: “Não sou índice de feminicídio, mas poderia ser”, diz vítima de violência doméstica

CIDADE

Dormir e acordar todos os dias sabendo que sua vida poderia representar apenas mais um número de feminicídio em um estado onde uma mulher morre a cada quatro dias. É assim que vive uma ouvinte da Rádio Metropole, que, estimulada pela campanha #MetaAColher, resolveu relatar seu caso.

 

“Essa pauta é muito oportuna. Eu fui vítima de violência doméstica. Os agressores são absolvidos pela sociedade por não ter um incentivo ao conhecimento do que de fato é a violência doméstica. Queria parabenizar a rádio. Eu não sou um índice do feminicídio, mas poderia ter sido”, desabafou a ouvinte, que preferiu não revelar sua identidade.

 

No relato, que aconteceu durante o programa Seis em Ponto desta segunda-feira (6), a mulher alertou ainda para a possibilidade de qualquer mulher ser vítima deste tipo de crime. Para ela, muitas vítimas acabam resolvendo não denunciar a violência sofrida para “resguardar sua posição social”.

 

“Eu, por exemplo, não sou uma mulher que não é esclarecida. Sou graduada, tenho pós-graduação, um bom emprego. Existe um tabu muito grande em cima deste assunto”, alertou a ouvinte.

 

Mãe de dois filhos, a mulher relatou ainda que seu agressor tem mandado de prisão, mas foi internado em uma clínica psiquiátrica. Ela alertou também para a necessidade de enxergar a violência sofrida antes do ápice, que é o feminicídio.

 

“A violência é silenciosa e causa muitos danos em diversos níveis, psicológico, emocional, patrimonial. Eu sou mãe de 2 filhos, me separei em uma situação de total dependência emocional. Até hoje faço acompanhamento e tratamento psicológico para superar tudo que eu passei. A sociedade desconhece um pouco do que vem antes do ápice”, desabafou.

 

O Grupo Metropole está engajado em denunciar e cobrar respostas sobre casos de feminicídio e violência contra a mulher. Além disso, vamos receber denúncias pelo número (71) 3505-5000, tanto por ligação como por Whatsapp. Por fim, nas redes sociais (@grupo.metropole no Instagram e @metropole no Twitter). Criamos o movimento #MetaAColher. É preciso dar um basta nos casos de violência contra a mulher e estamos engajados nesta causa.

adm

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