O cantor e compositor Manno Goes foi o entrevistado desta quarta-feira (01) do Jornal da Bahia no Ar, na Rádio Metropole. Na conversa com José Eduardo, Manno falou sobre as recentes polêmicas envolvendo a Lei Rouanet no cenário musical brasileiro.
Durante a entrevista, Manno falou sobre o episódio em que o cantor Zé Neto, da dupla Zé Neto e Cristiano, atacou Anitta por sua tatuagem íntima e disse que ele e outros cantores sertanejos “não dependemos da Lei Rouanet”.
“Um artista chegar no palco para falar sobre Anitta com esse ódio, porque ela se comporta de uma forma que ele não concorda. Acho que isso tem que trazer uma lição para eles. Esse negócio de ficar vilanizando a Lei Rouanet, atirando pedra no colega, isso não é legal. Acaba criando um efeito para o público de que tudo está envolto em corrupção, de que todos os shows de prefeitura estão superfaturados. Isso é perigoso para o artista, para a cultura”, afirmou.
“E também não podemos cair na armadilha de simplificar o discurso e dizer que Gusttavo Lima é um artista que só vive dessa mamata. Ele é um artista muito bom, dentro desse cenário sertanejo é o maior de todos. Já ganha muito dinheiro com as coisas que ele faz e não há mal nenhum em ser um artista bem sucedido e ganhar muita grana com seu trabalho”, finalizou o artista.
Em outro trecho da entrevista, Manno falou o caso envolvendo o cantor sertanejo Gusttavo Lima e o cancelamento de um show em um município em Minas Gerais. Para ele, é preciso cuidado nessas discussões, pois “a sociedade não pode vinalizar as prefeituras que oferecem shows e eventos de entretenimento para a população”.
“Salvador, por exemplo, é uma cidade que faz muitos eventos e isso faz parte da função do estado, oferecer entretenimento. A gente não pode colocar tudo no mesmo saco. Obviamente, se há nessa discussão dos sertanejos, alguma coisa suspeita, o Ministério Público vai investigar e, se existir algo errado, que os envolvidos sejam punidos”, disse o compositor.
