As forças de segurança da Ucrânia divulgaram nesta segunda-feira (18) um vídeo que mostra o empresário Viktor Medvedchuk, próximo ao presidente russo Vladimir Putin e que foi detido pelas tropas de Kiev, pedindo para ser trocado por soldados e civis cercados na cidade de Mariupol.
“Quero falar ao presidente russo Vladimir Putin e ao presidente ucraniano Volodmir Zelenski para pedir que me troquem por defensores ucranianos e por moradores de Mariupol”, afirmou no vídeo.
Do lado russo, a televisão estatal publicou um vídeo de dois prisioneiros identificados como cidadãos britânicos Shaun Pinner e Aiden Aslin, capturados nos combates na Ucrânia, pedindo ao primeiro-ministro Boris Johnson que negocie sua libertação.
Zelenski havia proposto em 12 de abril em Moscou a troca de Medvedchuk, que havia sido preso naquele mesmo dia, pelos ucranianos detidos na Rússia.
O Kremlin evitou a questão afirmando que o empresário de 67 anos não é cidadão russo e não tem vínculo com a “operação militar especial”.
Medvedchuk estava em prisão domiciliar desde maio de 2021 após ser acusado de “alta traição” e “tentativa de saque de recursos naturais na Crimeia”, península ucraniana anexada pela Rússia em 2014.
Em 26 de fevereiro, dois dias após o início da invasão russa, a polícia confirmou que ele havia fugido.
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O magnata é o 12º homem mais rico da Ucrânia e tem uma fortuna estimada em 620 milhões de dólares, segundo a revista Forbes. Suas ligações com Putin são conhecidas e há relatos de que ele é padrinho de uma de suas filhas.
O empresário é fundador do partido pró-Rússia “Plataforma de Oposição pela Vida”, que tinha cerca de 30 deputados no Parlamento ucraniano, antes de ser banido em março após a invasão lançada pela Rússia.